Arrestan a dos sospechosos de matar a un locutor brasileño

Denunciaba prácticas corruptas de diversos políticos en su programa

Gleydson Carvalho

Gleydson Carvalho

Dos de los acusados del asesinato del locutor radiofónico Gleydson Carvalho, tiroteado el jueves cuando transmitía su programa en una radio de Camocim, municipio del estado brasileño de Ceará (nordeste), fueron detenidos este viernes por la policía, informaron fuentes oficiales.

Los acusados fueron detenidos en una operación realizada por agentes de la Policía Civil del estado de Ceará en una vivienda de un municipio vecino a Camocim en la que al parecer se planeó el crimen y de la que consiguieron huir dos personas ya identificadas y que fueron señaladas como los pistoleros.

“Detuvimos a dos personas en una vivienda en la que encontramos las armas usadas en el crimen y la ropa utilizada por los pistoleros, así como una fotografía del periodista, y ya solicitamos la detención de los otros dos”, dijo a Efe el comisario de la Policía Civil de Camocim, Herbert Ponte e Silva.

Según el comisario, las dos personas detenidas ya han revelado detalles sobre cómo fue planeado y ejecutado el crimen.

“Ahora vamos detrás de los dos pistoleros, que huyeron hacia una región boscosa sin armas, sin transporte y descalzos, y a intentar identificar quién encomendó el crimen”, agregó el comisario.

El periodista había recibido amenazas de muerte por las denuncias de corrupción que hacía contra políticos locales.

Ponte e Silva agregó que la Policía también se incautó de 1.800 reales (unos 515 dólares) en dinero y de los chips de los celulares usados por los sospechosos, que se espera que sirvan para localizar a los responsables intelectuales.

El crimen se registró en los estudios de la Radio Liberdade FM, en Camocim, y provocó conmoción debido a que el locutor transmitía en directo en el momento en que fue tiroteado.

Los dos pistoleros, que se hicieron pasar por posibles anunciantes para entrar en la emisora, irrumpieron en el estudio donde Carvalho se encontraba, le dispararon tres veces, dos en la cabeza, y se dieron a la fuga.

Carvalho era conocido en la zona por hacer un programa en el que denunciaba prácticas corruptas de diversos políticos, motivo por el que había recibido numerosas amenazas en su perfil de Facebook.

Los cuatro sospechosos, desconocidos en Camocim, al parecer esperaban el transporte en el que iban a huir después del crimen.

Periodistas, en el punto de mira

El asesinato de Carvalho fue condenado por el Comité para la Protección de los Periodistas (CNJ), que, en un comunicado divulgado en Nueva York, instó a las autoridades a llevar a la justicia a los autores de este nuevo atentado contra la libertad de prensa en Brasil.

“La violencia contra la prensa en Brasil ya había alcanzado niveles inaceptables. Ahora estamos aturdidos con el asesinato de Glydson Carvalho en medio de su programa de radio”, afirmó Sara Rafsky, investigadora de la CPJ, citada en el comunicado.

Tras el nuevo atentado “contra el derecho de los brasileños a ser bien informados y que segó la vida de otro periodista”, la CPJ dijo que la violencia letal contra la prensa viene creciendo en los últimos años en Brasil.

Otros tres periodistas fueron asesinados este año en represalia directa por su trabajo, incluyendo dos que fueron torturados y muertos en menos de una semana en mayo.

En mayo, tras el asesinato de dos periodistas en la misma semana, la Asociación Nacional de Diarios (ANJ, por sus siglas en portugués) denunció el “clima de impunidad” que se da en relación al homicidio de periodistas en Brasil, lo que según la patronal, contribuye a “que se repitan las violaciones a la libertad de expresión”. El Mundo/ EFE

ANTE O ROSTO DE CRISTO

Vitral de igreja

Vitral de igreja

ANTE O ROSTO DE CRISTO
por Marcos Konder Reis

.

Senhor,
Teu rosto ri?
Teu rosto chora?
Nós não sabemos mais nem ri nem chorar,
Porque não olhamos mais a tua face.

Senhor,
O mundo pensa poder esquecer-te
Mas teu rosto luminoso permanece.
Teu rosto de homem,
Teu rosto de Deus.

Teus olhos que compreendem e que exigem,
Teus lábios que beijam e que comandam,
Teu choro que salva,
Teu riso que arrasta,
Teu rosto que é força,
Que deslumbra e é sol da madrugada sem fim nas fronteiras do universo
E é luar nas clarabóias do segredo,
Que entontece e é nebulosa vertigem de gozo eterno;
Que fataliza e é grito de fanfarra…
Ah! Sou um dos fatalizados do teu rosto!

Quero ser teu orador no cume do Everest,
Quero ser teu guerreiro nas planícies sem horizontes,
Quero ser teu mártir no Cruzeiro do Sul,
Mas sempre teu poeta na cidade do mundo.

Teu rosto, Senhor, é um rosto assim:
Faz a gente berrar a maldição
Para todos que não te amam.

E agora, quando vou saltar no trapézio,
Quero, Senhor,
Que teu rosto fique sempre no meu rosto
E é só.

.

A MARCOS KONDER REIS
por Lúcio Cardoso

.

Que espécie de morte, a desejada, a altiva,
a morte acontecida do inocente?
A morte.
Sem leite humano a fervilhar na taça,
sem taça em brinde a levantar.
Sem fel.
As mãos tratadas
de enormes abandonos consentidos.
As mãos.
Deus meu, e todo amanhecer assim
amanhecido. O retorcido cáctus
acontecido.
Quem foi? Por quê? O dia aonde?
Nada adianta. Milhões de areias,
de consentimentos e de fel.
O acontecer.

.

Quando publiquei estes dois poemas em 3/5/2005, no nosso blogue Jornalismo de Cordel, no Comunique-se, fiz o seguinte comentário:

1) Konder, celebrado poeta da Geração de 45, anda esquecido pela crítica. Principalmente depois que Ricardo Oiticica, em sua tese de doutorado “O Instituto Nacional do Livro e as ditaduras – Academia Brasílica dos Rejeitados”, revela que em 1970, o Instituto Nacional do Livro passa a ser dirigido pela escritora Maria Alice Barroso. É quando começa o regime de co-edição com editoras comerciais. Para ser aceito, um livro tinha que passar pela comissão de pareceres, cujos integrantes eram Otávio de Faria, Adonias Filho e Marcos Konder Reis.

2) Segundo Oiticica, examinando as co-edições do INL, podem ser encontradas obras de valor. “Mas isso é secundário quando se vê que a maioria das obras era de acadêmicos da Academia Brasileira de Letras e, entre os vetados pela censura, encontravam-se pessoas da linha de frente da produção literária contemporânea, como João Ubaldo Ribeiro, Clarice Lispector, Sérgio Santana, Luís Carlos Maciel, Jorge Maltner, Moacir Scliar, Paulo Coelho, Helena Parente Cunha e Flávio Moreira da Costa”. In Jornal da PUC-Rio.

Terrorismo contra a liberdade de expressão no Brasil

Jean Gouders

Jean Gouders

 

Condenado a indenizar o diretor da Globo Ali Kamel, jornalista disse que “é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião”.

Acrescenta este Jornaleiro: As ações vingam porque a Justiça aceita e condena os jornalistas a pagar multas. Permite que jornalistas apodreçam nos cárceres sem julgamento. Tivemos na campanha eleitoral de 2013 as prisões políticas de jornalistas a mando dos candidatos Aécio Neves, em Minas Gerais, e de Eduardo Campos em Pernambuco. Quando a Justiça foi mais do que conivente. Foi cúmplice.

As ações são de vingança. De censura. E contra a liberdade de expressão como aconteceu na revista Charlie Hebdo. E envergonham o Brasil, campeão em assédio judicial.

 

NASSIF: AÇÕES CONTRA BLOGS SÃO ATENTADO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO

 

Duque

Duke

247 – Um dia depois da notícia da condenação do blogueiro Luís Nassif, obrigado a indenizar em R$ 50 mil o diretor da Globo Ali Kamel, por danos morais, o jornalista publicou um post em seu blog, o Jornal GGN, sobre “a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros”, que chamou de “não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião”.

Em seu texto, ele ressalta que a blogosfera e as redes sociais foram o único contraponto dos últimos anos, “mesmo com todos os abusos de um sistema difuso e não controlável”. “Mesmo com exageros de uma luta radicalizada, foi a ascensão da blogosfera e das redes sociais que permitiu o contraponto, o freio necessário para impor limites às ações abusivas dos grupos de mídia”, disse. Leia a íntegra:

O atentado à liberdade de opinião nas ações contra blogs

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

***

Em uma democracia, um dos pressupostos básicos são os freios e contrapesos – o sistema de equilíbrio que impede o exercício do poder absoluto.

Quando, a partir de 2005, os grupos de mídia resolveram atuar em forma de cartel no mercado de opinião, acabaram criando um poder quase absoluto de construir ou destruir reputações.

Não se trata de um poder trivial. No mercado de opinião movem-se todos os agentes sociais, políticos e econômicos. É nele que se constroem ou destroem-se reputações. E é também o palco para embates corporativos, para grandes disputas empresariais. Todos são afetados positiva ou negativamente por ele, juízes, ministros, políticos, celebridades, médicos, líderes populares.
E os grupos de mídia reinam de forma absoluta nele.

***

Ora, grupos de mídia são empresas com interesses próprios, nem sempre transparentes. E com prerrogativas constitucionais de atuação garantidas pelos princípios da liberdade de imprensa – frequentemente confundido com garantias constitucionais, como liberdade de expressão e direito à informação.

Na maioria das vezes esses interesses se escondem por trás de reportagens enviesadas, de escândalos fabricados, de fatos banais transformados em grandes escândalos, quase todos imperceptíveis a quem não seja do meio jornalístico.

Em um ambiente competitivo, espera-se que funcionem mecanismos de auto regulação. Quando os grupos montaram a cartelização, esse controle deixou de existir. E o resultado foram abusos de toda espécie. Basta conferir “O Caso de Veja” onde descrevo vários episódios da revista.

***

Nos últimos anos o único contraponto existente foi o da blogosfera e das redes sociais, mesmo com todos os abusos de um sistema difuso e não controlável.

Foi a blogosfera que primeiro acudiu em defesa da juíza Márcia Cunha, alvo de um crime de imprensa, uma tentativa de assassinato de reputação, do ex-Ministro do STJ Edson Vidigal, ambos os assassinatos a serviço dos interesses do banqueiro Daniel Dantas.

Se não fosse a Blogosfera, a Abril teria esmagado um concorrente no mercado de cursos apostilados; a Globo e a Editora Santillana (que controla o jornal El Pais) teriam liquidado com editoras nacionais independentes, que concorriam em áreas de seu interesse (http://tinyurl.com/n6h97rd).

Dessa falta de limites não escaparam presidentes de Tribunais de Justiça, Ministros do Supremo, como Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. E levaram o então presidente do TRF3, Newton de Lucca, a pregar um “habeas mídia, justamente para evitar o poder absurdo e as interferências das notícias plantadas.

***

O conforto trazido pela cartelização levou grupos de mídia a se associarem até a organizações criminosas, como foi o caso da revista Veja com Carlinhos Cachoeira.

Antes, sem o contraponto das redes sociais, a maioria dos grandes grupos de mídia logrou acordos espúrios com governos de plantão, que os livraram de condenações fiscais, renegociaram débitos com bancos públicos em condições vantajosas, blindaram grandes anunciantes, esconderam mazelas de aliados.

***

Mesmo com exageros de uma luta radicalizada, foi a ascensão da blogosfera e das redes sociais que permitiu o contraponto, o freio necessário para impor limites às ações abusivas dos grupos de mídia.

A possibilidade de contrapontos ampliou o direito do público à informação, à liberdade de expressão, permitiu ao leitor confrontar opiniões, bater informações para chegar às suas próprias conclusões.

***

A tentativa de generalizar, tratando todos os críticos como “chapa branca”, é manobra ilusionista, para não explicitar a razão do verdadeiro incômodo: os limites impostos às jogadas comerciais, às guerras empresariais, aos assassinatos de reputação.

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) criou um grupo de trabalho para impedir ações judiciais danosas contra grupos de mídia; o mesmo fez a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), cujo atual presidente foi vítima de ataques vis de jornais.

Seria importante que se abrisse o debate sobre os atentados à liberdade de expressão e ao direito à informação por parte dessa massa de ações judiciais impondo montantes elevados nas condenações.

 

 

 

Amor Estranho Amor de Xuxa

Clique para ampliar

Clique para ampliar

 

No programa Altas Horas, que vai ao ar neste sábado (7) na TV Globo, Xuxa Meneghel comentou as declarações do deputado Pastor Eurico, em uma sessão que discutia o projeto da Lei Menino Bernardo. “Ele já teve o seu momento de fama. Acho que quanto mais falamos disso, mais vamos colocar ele em evidencia”, rebate. “Ele pode não gostar de mim, mas agora ele não pode usar violência contra criança, porque é lei”, declara.

Xuxa também falou sobre o polêmico filme Amor Estranho Amor. “Tem gente que fala do filme que fiz, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Eu tinha 18 anos e fazia uma menina de 15. Se quiserem comparar o filme, que tem eu beijando o menino, comparem com a cena de um pai de 40 anos batendo em uma filha de 2 anos e vejam o que é mais vergonhoso, então vamos ser justos”, afirmou.

No dia 21 de maio, o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) durante a acalorada discussão sobre o projeto de lei que pune agressões a crianças em ambiente familiar, a chamada Lei da Palmada, afirmou: “nem falo sobre a violência que passa na TV todos os dias. A conhecida rainha dos baixinhos protagonizou em 1982 a maior violência contra as crianças quando fez um filme pornô”, disse o deputado. Ele se referia ao filme considerado erótico, no qual Xuxa contracena com um adolescente de 12 anos. À época, Xuxa ainda não era apresentadora infantil.

Como não é parlamentar, Xuxa Meneghel não pôde falar, mas respondeu ao deputado com um coração feito com as mãos. Em seguida outros parlamentares da própria bancada evangélica se solidarizaram com a apresentadora. “Gostaria de deixar claro que essa é a opinião dele. Não é posição da bancada evangélica”, disse o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Fonte: Portal Terra

 

Publica Wikipédia: Amor Estranho Amor é um filme brasileiro, filmado e lançado em 1982, dirigido por Walter Hugo Khouri e estrelado por Marcelo Ribeiro, Xuxa Meneghel, Tarcísio Meira e Vera Fischer. Foi o primeiro filme de Xuxa.

love-strange-love

Sinopse
Hugo, um homem de meia idade, guarda na memória a infância realmente singular. Em 1937, ainda um garoto, sai de Santa Catarina com a avó e desembarca em São Paulo, onde é deixado em frente a um palacete, na verdade um bordel de luxo. Ali mora e trabalha Anna, sua mãe, uma prostituta e amante do Dr. Osmar Passos, um poderoso político paulista. O garoto irá conviver daí em diante nesse ambiente com outras garotas de programa como Tamara – uma ninfeta atrevida. Depois de ter leiloada a sua falsa virgindade entre os frequentadores mais ricos, ela seduz Hugo – e inicia o adolescente nos prazeres do sexo. Como pano de fundo no filme, o momento político do país às vésperas do golpe que instituiu a ditadura do Estado Novo.

Filme

Polêmica
Amor Estranho Amor causou certa polêmica devido à participação de Xuxa no elenco. Sua personagem tem relações sexuais com um adolescente de 12 anos, interpretado pelo ator Marcelo Ribeiro.

O video de Amor Estranho Amor tem sua comercialização e distribuição proibidas no Brasil. Todavia, o filme foi lançado em DVD nos Estados Unidos em 2005 e pode ser adquirido por qualquer brasileiro em sites estrangeiros por importação. A produtora norte-americana não vendeu os direitos a Xuxa, que chegou a entrar com ação judicial nos EUA em 1993, mas perdeu.

Em 2006, Marcelo Ribeiro foi encontrado com 39 anos e deu várias entrevistas, tendo também publicado um livro de como tudo aconteceu na época, incluindo conversas nos bastidores com a atriz. Em 2007, aproveitando de sua popularidade momentânea, fez um filme pornográfico.

Em 2011, o produtor Anibal Massaine trava batalha na justiça na tentativa de comercializar o filme, aproveitando a fama da artista.

 

Premiações
Por sua atuação, Vera Fischer ganhou dois prêmios de Melhor Atriz no Festival de Cinema Brasília e no Prêmio Air France de Cinema, 1982. Xuxa também ganhou um prêmio de revelação mirim no Premio Air France De Cinema

[Um filme premiado ser velado só acontece no Brasil, uma monarquia da rainha Xuxa e do rei Pelé. Assista o filme aqui, que toda censura é inimiga da democracia, da liberdade e da verdade. O filme faz parte da história do cinema brasileiro. E não se pode apagar o nome do cineasta Walter Hugo Khouri, que dirigiu 25 longas-metragens, com prêmios nacionais e internacionais, inclusive Amor Estranho Amor]

 

 

 

 

 

 

 

 

O outro, o duplo e a defesa do ser/estar fake

Não devemos confundir o fake com o duplo, o gêmeo, o outro, ou mesmo o hemafrodita como símbolo alquímico.

androgyne-aurora

In O Enforcado da Rainha, na página 136, publiquei o poema:

 

O INIMIGO

 

Como descobrir o inimigo

quando nunca saberemos

quem seguramente somos

Um corpo inteiriço

o eu único

ou o outro

o gêmeo o duplo

Nunca saberemos

quem realmente somos

qual o temerário o verdadeiro

Na controvertida dualidade

o passivo o ativo

o benigno o maléfico

o inocente o infesto

Nunca saberemos

quem realmente somos

 

Na internet o significado do termo fake é este: Uma palavra da língua inglesa que significa falso ou falsificação. Pode ser uma pessoa, um objeto ou qualquer ato que não seja autêntico.

Com as redes sociais, o termo passou a ser muito utilizado para designar uma conta na internet ou o perfil em uma rede social de alguém que pretende ocultar a verdadeira identidade. Aqui fake como pseudônimo. Usado nos livros de estréia de romancistas e poetisas no confronto com o patriarcado, a Santa Inquisição e o machismo. Ou qualquer escritor ou jornalista para escapar da perseguição política e do assédio judicial, notadamente em uma ditadura.

Da página da consagrada poetisa Nina Rizzi apresento como se fosse um debate:

Eu sempre imaginei um cara, pela poesia mesmo, e tudo ok até aí. E, para mim, se confirmou depois de uma entrevista n’O Chaplin. A inverosimilhança estava na grandiosidade de tudo: céus, Rimbaud, HH? E a bio e, por fim, a morte, a partir de um fato verídico e verificável nesses jornais sensacionalistas vide youtube…

Não, isto não é juízo de valor à poesia ou ao ser-fake – ainda que num ano foice como esse 2014, ‘ninguém merece chorar a morte de um fake no domingo de páscoa’, como bem disse M.

Mimi Verunschk: Querem criar fakes, que criem. Heterônimos mais que Pessoa, mas não criem nas pessoas vínculos afetivos com alguém que parece gente. Quando dão carne a alguém que é de plástico e depois anunciam sua morte de modo trágico não pensam nas lágrimas que caem ante a decepção que a verdade traz.

[palavras da minha amiga Ehre, que vinha acompanhando a produção de Nanda Prietto e que, como eu, desconfiou da morte trágica e sem notícias da imprensa de Poços de Caldas. Se Nanda Prietto errou em algo na composição da personagem foi em não dar verossimilhança à própria morte]

 

Sobre ser-estar fake, faço minhas as palavras de Cellina Muniz neste texto que adoro:

Celina Muniz/ Alice N.:

EM DEFESA DO SER/ESTAR “FAKE”

 

Em diversas ocasiões, em inúmeros artigos e comentários postados aqui no SP, de vários autores, tenho observado rastros de um discurso rancoroso a respeito dos chamados fakes (ou, como alguns preferem grafar “feiques”).

O que esse discurso enviesado sobre as assinaturas supostamente “falsas” me sugere é aquela velha atitude de nomear condutas e comportamentos sob a batuta clássica do bom x mau, ou, em outras palavras, do certo x errado, ou ainda do feio x belo. Mas em vez de cairmos logo nesse juízo de valor simplista e redutor (usar um fake é certo ou errado?), não seria mais interessante pensar a respeito desse fenômeno que ultrapassa segmentos de ação e esferas de comunicação e que reflete a pluralidade do ser?

Pensando a respeito, é fácil constatar que nem se trata de um fenômeno novo assim, embora o termo em si esteja atrelado às novas mídias e ao advento da internet, sem dúvida. O que pensar dos pseudônimos que permeiam diferentes e ilustres casos na literatura e no jornalismo? No Ceará, nos fins do século XIX, no divertido movimento literário conhecido como “Padaria Espiritual”, era regra ter uma outra alcunha, o que fez Antônio Sales assinar como Moacyr Jurema e Adolfo Caminha como Félix Guanabarino, por exemplo, nos textos que ocupavam as páginas do periódico “O Pão”. Aqui em Natal, falando ainda de periódicos, o jornal O Parafuso, que circulou de 1916 a 1917, trazia como redatores nomes como Dr. Seboso e K-Tispero. O nosso Carlão de Souza, pouco tempo atrás, por meio de sua prosa jornalística, transformou-se temporariamente em Linda Baptista e o reconhecido Nei Leandro de Castro já foi Neil e Nathália em algumas ocasiões/publicações…

E o que dizer dos apelidos, nomeações particulares, geralmente restritas aos círculos familiares e de amizade, cujos laços de afetividade não podem ser ditos pelos nomes convencionais? O poeta visual Falves Silva, tomando outro exemplo na cultura potiguar, registrou isso casualmente, quando escreveu o artigo “Quem diria? Falves Silva conheceu Cazuza”, ao indicar a maneira pela qual ele era chamado àquela época em que frequentava a banca do primeiro sebista da cidade (aliás, também conhecido por um apelido): o poeta em processo, quem diria, também é Fransquim!

Pseudônimos, apelidos, fakes, todos me parecem indicar que, para além das dicotomizações (de tradição socrático-platônica, aliás), o ser não cabe numa persona só. Por isso, somos máscaras, conforme o estar sendo. E poderíamos passar o dia pensando em outros casos, de Fernando Pessoa e seus heterônimos aos alter egos de Bukowski (com seu Chinaski) ou Fante (com seu Bandini) etc. etc… Insistir em julgar o mundo sob as lentes de polarizações que aprisionam o humano numa essência una e natural é fechar os olhos para toda essa diversidade que se manifesta em todas as esferas, artísticas ou não.

Quem discorre muito bem sobre isso, no âmbito da reflexão acadêmica, é Michel Maffesoli (que, aliás, vem a Natal em setembro), quando propõe a lógica da “identificação” no lugar da defasada lógica da “identidade”. Cito: “(…) a lógica da identificação põe em cena “pessoas” de máscaras variáveis, que são tributárias do ou dos sistemas emblemáticos com que se identificam” (MAFFESOLI, M. “No fundo das aparências”. Tradução de Bertha Gurovitz. 3 ed. Petrópolis, SP: Vozes, 2005).

Escritores, grafiteiros, professores, internautas, donas de casa, leitores do Substantivo Plural, vários são os tipos que mostram, de fato, como somos vários e como exercemos nossa variedade por meio de pseudônimos, apelidos, fakes. Circulamos por diferentes campos de ação e traçamos diferentes relações de pertencimento com determinados grupos e comunidades. Negar essa polifonia e insistir em rotular esse fenômeno sob o par “verdade x mentira” é negar a complexidade da vida e do mundo, vasto mundo.

Talis Andrade: Também adorei. Os dois romancistas brasileiros que mais admiro também podem ser citados por Celina Muniz.

Moacir Japiassu tem um auto-ego: Janistraquis. Urariano Mota, na internet, sempre aparece com o nome Frederico Jimeralto.

 

A ditadura do pensamento único

Francisco, por Miguel Villalba Sánchez (Elchicotriste)

Francisco, por Miguel Villalba Sánchez (Elchicotriste)

 

«Também hoje existe a ditadura do pensamento único». Se não pensarmos de um determinado modo não somos considerados modernos, abertos. E pior ainda acontece «quando alguns governantes pedem uma ajuda financeira» e lhe respondem «mas se tu quiseres esta ajuda deves pensar deste modo e deves fazer esta ou aquela lei».

O risco do pensamento único que ameaça a relação com Deus esteve no centro da homilia do Papa Francisco durante a missa celebrada na manhã de quinta-feira, 10 de Abril, em Santa Marta. «O fenómeno do pensamento único» sempre causou «desgraças na história da humanidade» afirmou o Santo Padre, recordando também as tragédias das ditaduras do século XX. Mas, disse, é possível reagir: rezando e vigiando.

Referindo-se às leituras do dia o Papa frisou que a liturgia «nos faz ver a promessa de Deus a Abraão nosso pai». A referência é relativa ao trecho do Génesis (17, 3-9), no qual Deus promete a Abraão que se tornará «pai de muitas nações. E «o povo de Deus a partir daquele momento – explicou o Santo Padre – começou a caminhar» fazendo com que se realizasse esta promessa, fazendo com que se tornasse realidade. É «uma promessa que, também da parte de Abraão com Deus, tem a forma de aliança». Com efeito, Deus diz a Abraão. «Por tua vez deves observar a minha aliança, tu e a tua descendência depois de ti, de geração em geração». Portanto, é necessário «respeitar a aliança».

E assim, continuou o Papa, «compreende-se que os mandamentos não são uma lei fria; os mandamentos nasceram desta relação de amor, desta promessa, desta aliança». E, inspirando-se na passagem evangélica de João (8, 51-59) proclamado na liturgia hodierna, o Pontífice prosseguiu a sua reflexão indicando que «o erro destes doutores da lei que não eram bons e queriam lapidar Jesus – contudo, naquele tempo haviam também fariseus e doutores da lei bons – consistiu em separar os mandamentos da promessa, da aliança». Ou seja, «separar os mandamentos do coração de Deus, o qual ordenou que Abraão que caminhasse sempre em frente».

Na opinião do Papa Francisco «o erro destas pessoas» nasceu do facto de não ter «percebido o caminho da esperança: pensavam que com os mandamentos tudo fosse pleno, tudo estivesse cumprido». Mas «os mandamentos que nascem do amor desta fidelidade de Deus são regras para ir em frente, indicações para não errar: ajudam-nos a caminhar, até chegar ao encontro com Jesus». Ao contrário, as pessoas sobre as quais nos fala hoje o Evangelho continuam a repetir: «existem leis que devemos respeitar».

Eis então, observou o Pontífice, «o drama do coração fechado, o drama da mente fechada. E quando o coração está fechado, ele fecha a mente. E quando coração e mente estão fechados não há lugar para Deus». Eis que, explicou o Papa, existimos «só nós» e estamos convictos de fazer exactamente «o que indicam os mandamentos». Mas «os mandamentos trazem uma promessa e os profetas despertam esta promessa».

Face à «mente fechada, para Jesus não é possível convencer, não é possível dar uma mensagem de novidade». Que, aliás, «não é nova» mas «é quanto foi prometido pela fidelidade de Deus e pelos profetas». Todavia os interlocutores de Jesus «não compreendem, o pensamento deles não está aberto ao diálogo, à possibilidade que haja algo mais, à possibilidade que Deus nos fale e nos indique como é o seu caminho, como fez com os profetas».

Certamente, acrescentou ainda o Pontífice, estas pessoas não ouviram os profetas nem Jesus. Contudo, a sua atitude vai além da simples teimosia. É algo mais! É idolatira do próprio pensamento.

O «fenómeno do pensamento único» causou sempre «desgraças na história da humanidade», afirmou o Pontífice. «No século passado as ditaduras do pensamento único acabaram por matar muitas pessoas».

Mas «também hoje – admoestou o Papa – há a idolatria do pensamento único. Hoje devemos pensar assim e se alguém pensar de forma diferente não é considerado moderno, não é aberto». Portanto, hoje existe a mesma ditadura sobre a qual fala o Evangelho. A forma de agir é a mesma. São pessoas que «pegam nas pedras para lapidar a liberdade dos povos, das pessoas, das consciências, da relação do povo com Deus. E hoje Jesus é crucificado de novo».

E assim, acrescentou o Papa, «esta não é uma história daquele tempo, dos fariseus malvados, destas pessoas fechadas. É uma história de hoje». E «o conselho do Senhor perante esta ditadura é sempre o mesmo: vigiar e rezar».

O Pontífice concluiu exortando a «não ser ingénuos», a não comprar coisas que não servem. E a «ser humildes e a rezar para que o Senhor nos dê sempre a liberdade do coração aberto para receber a sua palavra que é promessa e alegria! É aliança! E com esta aliança ir em frente».

Surrealismo da censura mineira: prisão, invasão de residências e assédio judicial

por Geraldo Elísio

minas notícias

censura governador tucano PSDB

O mundo inteiro se espantou com as revelações dos Wikileakcs de Julian Assange, hoje vivendo no exílio.

A terra ficou assombrada com as revelações do ex-agente norte americano Edward Snowden, hoje vivendo exilado em Moscou.

Até o Palácio do Planalto protestou criando um incidente diplomático com Obama.

Presidenta Dilma a senhora não se assusta com a espionagem da Polícia Política de Exceção do Estado de Minas Gerais não? Tudo com a cumplicidade de parte dos Três Poderes e as Polícias Militar e Civil.

O site Novojornal está empastelado; o publicitário jornalista Marco Aurélio Carone, preso. O que ele denunciou foi o mesmo que o procurador Rodrigo Janot, da PGR, denunciou para pedir 22 anos de prisão para o ex-deputado federal Eduardo Azeredo, tucano mineiro que renunciou; o site do Américo Xavier proibido de ser divulgado; e os meus netbook, HD externo, pen drive, CDs e cadernetas telefônicas retidas pela Justiça.

Não sou marginal senhora presidenta. Tenho 72 anos de idade, uma história no jornalismo e um Prêmio Esso Regional de Jornalismo denunciando torturas quando ainda existia o AI-5.

A Folha de São Paulo noticia que Aécio vai inquirir a senhora sobre a Petrobras. É bom, faz parte da democracia. Mas em nome da mesma democracia o inquira sobre as exceções vigentes em Minas. Todos os brasileiros aplaudirão.

Comprovadas as denúncias, Aécio não pode ser candidato a presidente

ENTREVISTA DO JORNALISTA GERALDO ELÍSIO

Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves, no ímpeto de destruir as provas de denúncias formuladas pelo site Novojornal. Principalmente as que se referem a denúncias de desvio de dinheiro público e a acusação de que Aécio é dito usuário incurável de cocaína.

Geraldo Elísio

Geraldo Elísio

O Bloco Minas Sem Censura entrevistou Geraldo Elísio Machado Lopes, que tem 54 anos de jornalismo, e foi vítima de ação de busca e apreensão em sua residência, na sexta-feira, 31 de janeiro. Ex-colaborador do Novo Jornal, do qual já se afastara há sete meses para cuidar da publicação de livros de sua autoria, Elísio foi novamente convocado para o front das lutas pela liberdade. E acusa abertamente Aécio e Andréa Neves de estarem por trás dos atos de perseguição ao Novo Jornal. Língua afiada, Geraldo Elísio faz, ao final de sua entrevista um desafio aos Neves. Leiam.

MSC – Quem é você profissionalmente?
Geraldo Elísio – Um jornalista com 54 anos de atuação em todas as áreas das diversas mídias existentes, com orgulho de nunca ter sido desmentido e uma carga de luta a favor da redemocratização do Brasil pós o golpe civil militar de 64. E um Prêmio Esso Regional de Jornalismo, em 1977, do qual me orgulho mais ainda, não por vaidade, mas pelo sentido da causa: a luta a favor dos direitos humanos denunciando as torturas praticadas contra o operário Jorge Defensor Vieira, quando ainda existia o famigerado AI-5. Inúmeras coberturas políticas e algumas internacionais. Também artista multimidia.

MSC – O que aconteceu em sua residência na última sexta-feira 31 de janeiro de 2014?
Geraldo Elísio – Por volta das 15 horas o interfone do apartamento tocou, uma voz masculina perguntou por mim, me identifiquei e fui solicitado a comparecer ao portão. Assim o fiz e atendi a um delegado do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) e mais três policiais que o acompanhavam com uma autorização judicial de busca e apreensão, com a qual levaram meu netbook, pendrive, cds e cadernetas de telefone. Não cito os nomes porque não deixaram sequer o número do documento portado por eles e nem uma cópia do que foi arrestado, inclusive isto me soa estranho, pois no site do Tribunal de Justiça nada consta. Sei que existe o nome de alguém do Ministério Público e de algum juiz, mas como nada deixaram não posso dizer nomes. Na ditadura civil militar vi residências violadas na marra, mas com ordem judicial (será mesmo?) creio ser pioneiro.

MSC – A quem você atribui tudo isto?
Geraldo Elísio – Acuso frontalmente o senador Aécio Neves e sua irmã Andréa Neves, no ímpeto de destruir as provas de denúncias formuladas pelo site Novojornal. Principalmente as que se referem a denúncias de desvio de dinheiro público e a acusação de que Aécio é dito usuário incurável de cocaína. Porque saber que eu trabalhei no jornal virtual é público e notório. Foram quase seis anos com editoriais assinados, em todos oferecendo espontaneamente o direito de resposta a todas as pessoas físicas e jurídicas citadas em meus textos. E tenho convicção de estarem querendo desqualificar os documentos que comprovam o Mensalão Tucano Mineiro e a Lista de Furnas. Quanto à Lista de Furnas por que o senhor Dimas Fabiano Toledo a registrou em cartório? A Lista de Furnas teve uma cópia xerox que foi periciada nos Estados Unidos e o perito que a declarou falsa já tinha sido preso por perjúrio. Além do mais a Polícia Federal já atestou que ela é verdadeira. Porém, Andréa Neves se julga um gênio da comunicação e como não é, troca os pés pelas mãos. Tenho igualmente certeza de que a dupla formada pelos netos do doutor Tancredo Neves, autor da frase “O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade” quer incriminar os deputados Rogério Correia e Sávio de Souza Cruz. Estão desesperamente tentando encontrar ou até forjar provas mediante intimidação. Nasci no Grande Sertão Veredas e sei que “viver é muito perigoso.” Não temo, não me intimido e se algo me acontecer nem é preciso dizer de quem é a culpa, obviamente ressalvadas as causas naturais. Se morrer, baixo o meu espírito em médiuns especializados em psicografia e continuarei a denunciar as tramoias dos Neves ou quaisquer outras.

MSC – E o que você pretende agora?
Geraldo Elísio – Eu já tinha decidido me afastar de enfrentamentos políticos, mas recebi um convite para uma briga boa. Estou no ringue. Claro, tenho os meus defeitos mas não preciso me envergonhar deles. Se ser pobre não é motivo de orgulho também não o é para vergonha. Vou oferecer a quebra de todos os meus sigilos, fiscal, bancário e telefônico às autoridades competentes e espero que Aécio e Andréa Neves façam o mesmo, pois ao contrário deles respeito o princípio jurídico de que até prova em contrário todos são inocentes e creio terem eles condições de tomarem a mesma atitude que eu. Irei ou enviarei correspondência a todos os órgãos ligados aos Direitos Humanos, inclusive à ONU denunciando o Estado de Exceção em Minas Gerais. E como no meu netbook existem os textos de três livros inéditos denuncio a minha condição de perseguido político sujeito à censura prévia de minhas obras. E a luta segue em frente.

Quem ganha e quem perde na justiça

Escreve José Simão: E o chargista Duke ensina a diferença entre imposto e ioiô: “Isto se chama ioiô porque vai e volta, se apenas fosse e não voltasse, se chamaria imposto”. 

Citar ou publicar uma charge de Duke faz parte da imprensa diária. Censurar significa que impera a mesma justiça dos tempos das ditaduras de Castelo Branco, Costa e Silva, Triunvirato Militar, Médici, Geisel e Figueiredo.

Existem duas ou três justiças no Brasil. Uma delas, o ministro Edson Vidigal chamou de PPV. Tem bandido do colarinho branco que ganhou todas: Daniel Dantas um seboso exemplo. Os funcionários do judiciário também levam vantagem em tudo. Christine Epaud, funcionária pública fantasma, lotada no gabinete de dois ex-presidentes do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, nunca perdeu uma causa como proprietária de mais de dez empresas, e chegou a usar o nome da justiça para defender os interesses internacionais da Máfia do Frio. O caso Epaud versus Baiardo de Andrade Lima tem o cheiro nauseabundo dos podres poderes do Brasil.

Não causa espanto a condenação de Duke. O Brasil é campeão de censura judicial. Escreve Wander Veroni: “O mês de janeiro trouxa debates calorosos sobre o presente e o futuro da mídia. Independente da visão política de cada um, temos que pensar que até três décadas atrás, havia Ditadura Militar no Brasil. E falar sobre qualquer assunto era motivo de retaliação. Ao que parece, pouca coisa mudou.

Duas decisões, em especial, nos fazem pensar sobre a fragilidade da manutenção da liberdade de expressão na mídia: a prisão do jornalista Marco Aurélio Carone, autor do site Novo Jornal, e a condenação do chargista Duke, em segunda instância, pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
O pressuposto da liberdade de expressão é o debate. Não concordar com aquilo que foi publicado faz parte do jogo. É impossível agradar todo mundo. Para a sociedade, é muito perigoso quando um jornalista e um cartunista são presos ou condenados por se expressarem. Mais perigoso ainda é quando o Judiciário acredita que esta é expressão é um ataque pessoal ou político”.
.
A obra artística e jornalística de Duke fala por ele e por todos que amam a liberdade de expressão.
duke água terra

duke bancos

duke -Pastor_preso

duke campo futebol

duke bancos

duke cartel motel

LIBERDADE DE EXPRESSÃO JÁ! Brasil protesta contra injusta condenação do chargista Duke

duke foto

 

Condenado pela 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais após a publicação de uma charge sobre a arbitragem do jogo entre Cruzeiro x Ipatinga, válido pelas semifinais do Campeonato Mineiro de 2010, o cartunista Duke, da Sempre Editora, responsável pela publicação dos jornais O TEMPO e Super Notícia, vem recebendo o apoio de importantes figuras públicas, além de inúmeras mensagens de solidariedade nas redes sociais em relação ao caso que está sendo tratado como um ataque à liberdade de imprensa no Brasil.

A matéria veiculada pelo O TEMPO e Super Notícia, onde o caso é detalhado – inclusive com a informação de que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro, autor da ação, trabalha como assessor na mesma Câmara onde o caso foi julgado -, recebeu milhares de compartilhamentos nas redes sociais. O jornalista Marcelo Tas, apresentador do programa CQC – Custe o que custar, da Rede Bandeirantes, foi um dos que saíram em defesa do companheiro de imprensa.

 Ricardo Marques Ribeiro

Ricardo Marques Ribeiro

“Assim caminha a liberdade de expressão no Brasil: todo meu respeito e apoio ao chargista mineiro Duke, que sofre uma tentativa de mordaça por um juiz de futebol! Absurdo total!!?!?!?!?”, escreveu Tas, considerado pela revista Forbes Brasil uma das 100 pessoas mais influentes do país, em sua página oficial no Facebook.

Outro que também expressou sua indignação com condenação foi o também cartunista mineiro Quinho. “Todo o meu apoio ao Duke, diante da decisão absurda da Justiça. O árbitro de futebol, ao qual foi dado o ganho da causa, é assessor do TJ..”, postou no Facebook.

A página de entretenimento “Humor Esportivo”, conhecida pelas sátiras ao futebol brasileiro, muitas delas à arbitragem e ao STJD, também abraçou a causa do chargista. “Absurdo!!!! Até a liberdade de expressão as pessoas estão perdendo. Uma das coisas que achamos extraordinária é como os chargistas têm o poder de transformar fatos em desenhos, com crítica, bom humor e atingindo o seu público de uma forma admirável diversos temas em suas charges! Só falta essa moda pegar…”, destaca os administradores do site em sua conta no Facebook.

A charge e a condenação

Na ilustração, uma raposa aparece atropelada, além de um carro de polícia e dois personagens, o primeiro deles um torcedor, enquanto o segundo é um policial. Um diálogo é travado e o torcedor diz: “Primeiro o juiz assaltou o Tigre. Em seguida, o Tigre atropelou a Raposa”. Por sua vez, a autoridade policial responde “Calma aí, uma ocorrência de cada vez”.

A charge que motivou a condenação. Pergunta a sabedoria popular:  A carapuça serviu? Veste, amarra, dá um nó e faça bom proveito!

A charge que motivou a condenação. Pergunta a sabedoria popular: A carapuça serviu? Veste, amarra, dá um nó e faça bom proveito!

A ilustração foi considerada ofensiva pelo árbitro da partida, Ricardo Marques Ribeiro, que entrou na Justiça alegando danos morais, além de um pedido público de retratação. O caso deve ganhar desdobramentos. Tanto a Sempre Editora quanto o chargista foram condenados a pagar R$ 15 mil ao árbitro. In Super FC/ Jornal O Tempo