COMO ENTENDER A MENTE DE UM BISSEXUAL

Não, nós não queremos sexo a três simplesmente porque somos bissexuais. Não, nós não gostamos de duas pessoas ao mesmo tempo porque temos a possibilidade de nos apaixonar tanto por homens quanto por mulheres.

As respostas às perguntas sobre bissexualidade são geralmente essas, o que demonstra ainda um pensamento equivocado sobre o conceito do que é ser bissexual.

Para evitar esse erro conceitual, elenco alguns tópicos simples para que qualquer um entenda a mente de alguém que se atrai por ambos os sexos.

Bissexual sempre vai trair?

Gays e heterossexuais costumam evitar o relacionamento com um bissexual por julgar que ele sentirá “falta de algo” durante o relacionamento. Sim, nós podemos sentir falta de muita coisa: amor, carinho, amizade, compreensão. Tudo o que uma pessoa poderia sentir em uma relação. Podemos trair? Claro que sim. Mas não por sermos bissexuais.

Não há nenhuma confusão

Como alguém pode gostar de homens e mulheres? Não sabem o que querem, não se decidem. Quando ouço gays falarem isso, a tristeza é ainda maior. Eles sabem mais do que ninguém que a sexualidade não é uma decisão. Seria o mesmo que pedir a eles para explicar por que gostam de pessoas do mesmo sexo.

A atração que sentimos por ambos os sexos é completamente natural. A sexualidade não tem sexo, como muito bem explicou o psicanalista Roberto Ceccarelli, em entrevista ao BlogSouBi. O que acontece com muitos bissexuais é que alguns se atraem mais por homens e outros mais por mulheres. Há ainda aqueles que dizem se interessar por ambos os sexos na mesma intensidade. Se existe amor e prazer em todas essas relações, por que haveria confusão?

A única confusão que existe é a mesma vivida por qualquer ser humano. Será que gosto mesmo daquela pessoa? Será que devo ficar com ela?

Gostar de duas pessoas ao mesmo tempo

Não é porque nos interessamos por ambos os sexos é que gostamos de duas pessoas ao mesmo tempo. Esse tipo de confusão não está relacionado ao fato de uma pessoa ser bissexual. Eu, por exemplo, nunca consegui gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, mas tenho amigos heterossexuais que gostaram de duas mulheres, assim como amigas que não sabiam de qual homem gostavam mais. Não é a sexualidade que define isso.

Deixo a vocês a tarefa de completar esse texto. Contem também como funciona a mente de um bissexual. In BlogSouBi

Foto de casal gay grávidas faz sucesso

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Há dois meses um casal da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, divulgou fotos de um ensaio no Instagram.

O que as mamães Melanie Roy e Vanessa Iris Roy não imaginavam é que uma montagem com uma foto lado a lado das duas gestações fosse fazer sucesso na internet e viraria inspiração para outros casais ao ser compartilhada por sites gays.

“É uma loucura ver que as pessoas estavam se referindo à minha família como uma inspiração. Nós ainda estamos em choque”, disse Melanie Roy ao jornal “The Huffington Post”.

Segundo a reportagem publicada pelo jornal, elas esperavam que as fotos servissem de estímulo para outros casais gays.

“Vanessa e eu sempre dissemos que nós duas gostaríamos de engravidar. Esperamos que a nossa imagem seja o sinal do qual algumas mulheres precisam para incentivá-las a engravidar”, disse.

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Je Te Mangerais (Eu poderia comer você). Veja filme

Amar é possuir

 

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Provavelmente não fique tão claro, diante de tantas reviravoltas e tanta tensão, que nos encontramos diante de um filme de amor. Mas a raiz é bem essa: duas amigas de infância se reencontram quando Marie se muda de Paris para Lyon e aluga um quarto na casa de Emma. Aos poucos, sem grande alarde, inicia-se uma atração entre ambas.

O jogo de poder está estabelecido: uma é forte e determinada (lésbica assumida, dona do apartamento e fazendo vezes de colega caridosa), a outra é percebida como uma presa fácil (primeira experiência homossexual, longe de casa, sem amigos por perto). Ela se entrega – veja foto acima, inspirada no muito feminino Gritos e Sussurros de Bergman – e se deixa levar, até o momento em que a amiga se mostra possessiva e evidente demais quanto à relação das duas…

Contar mais seria desnecessário. Basta dizer que o roteiro reserva um trabalho cuidadoso de gradação, e que a obsessão amorosa é percebida como um caminho sem volta. Tudo aumenta, se multiplica e se complica. A dominação entre ambas altera de um pólo para outro, ora equilibrando, ora beirando o insuportável. Como sugere o título, “eu te comeria”, estamos flertando sempre com a ameaça de morte, através da apropriação e destruição.

Enquanto isso, acompanhamos o trabalho inteiramente elaborada para um duo de atrizes (Judith Davis e Isild Le Besco, memoráveis) que passam pelo menos metade da narrativa trancafiadas em casa, se cruzando e se atiçando pelos cômodos e corredores. A idéia de lesbianismo delicado é substituída pela agressividade que se confere nos diálogos, na montagem e na trilha sonora.

Para muitos críticos, as referências à Hitchcock e Lynch seriam excessivas. Talvez haja de fato elementos em comum com o suspense e o desejo trabalhados por esses diretores, mas a diretora estreante Sophie Laloy faz um trabalho um tanto pessoal e sem concessões; ao ponto da intensidade de suas ações crescem tanto que chegam a atingir o cômico involuntário. Ora, como parar uma narrativa baseada sempre no acréscimo linear? Com um final “ejaculatório”, já diria um teórico.

Pois a catarse em questão tem que ser sempre um elemento externo que venha quebrar o ciclo. Morte, separação forçada e doença são alguns dos elementos possíves. A história opta por uma dessas saídas, num momento em que –talvez com certo alívio para o espectador – presencia-se finalmente a separação entre ambas.

Certo, talvez falte experiência à diretora (algo óbvio a criticar num primeiro filme), e principalmente as cenas finais são filmadas numa maneira quase precária em termos de montagem e enquadramento. Isso não impede que, em todo o trabalho que antecede esse desfecho, estabeleça-se uma interessante mostra de gradação e ritmo, além de uma visão da homossexualidade particularmente naturalista (se há algo de doentio aqui, é o grau do envolvimento e não os elementos envolvidos). Bem-vindas as primeiras experiências que não têm medo justamente de experimentar e testar limites.

 

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Je Te Mangerais (2009)
Filme francês dirigido por Sophie Laloy.
Com Judith Davis, Isild Le Besco, Johan Libéreau.

 

Trailer original 

 

Assista o filme legendado em português

 

 

 

 

Cómo salieron del armario las famosas

by Emma Mars

 

Samantha Fox

Samantha Fox

Hay una cosa que distingue al común de los mortales de los famosos. Bueno, hay muchas cosas. Así, de entrada, se me ocurre el dinero, la fama, el poder, ese coche que siempre has querido comprar pero no puedes, las mansiones… y un largo etcétera que no voy a listar porque no quiero deprimiros. Sin embargo, por encima de toooodas estas cosas, hay una que es todavía más importante. Y es que cuando sales del armario por primera vez, tú estás nerviosa. Piensas, alma de cántaro, que esa va a ser tu primera y única vez, porque a partir de ese momento ya todo el mundo sabrá tu orientación sexual y podrás darle carpetazo al tema. Y yo solo tengo algo que decirte al respecto: ERROOOR.

Hand of a child opening a cupboard door

Es un error pensar así, entre otras cosas porque a lo largo de tu vida vas a tener que salir del armario no una, sino mil veces, sobre todo si eres de las que juega al despiste y parece totalmente heterosexual. Cada vez que conozcas a alguien nuevo, en el instituto, en la universidad, en el trabajo, vas a tener que salir del armario —sí, OTRA vez—, y te pasarás haciéndolo hasta que acabes en una residencia de ancianos, con la dentadura postiza y rodeada de adorables abueletas.

Pero los famosos no. Ellos solamente tienen que hacerlo una vez. Cuentan con ese privilegio, entre muchos otros. Lo dirán una vez, solo una, y a partir de entonces no tendrán que repetirlo ya nunca más. Sí, qué le vamos a hacer, amiga. La vida es dura. Ellos tienen fama y dinero, pero tú tienes a tu adorable novia; consuélate con ello.

Elena Anaya

Elena Anaya

Por eso es tan importante para las celebrities escoger bien el momento y el canal adecuado para gritar a los cuatro vientos eso de ME GUSTAN LAS MUJERES, ¿Y QUÉ? Así que hoy te vamos a contar cómo lo hicieron algunas de ellas, para que veas que maneras hay tantas como peces en el mar. Allá vamos. Leer más, ver fotos e videos 

Heather Matarazzo

Heather Matarazzo

Ellen Page

Ellen Page

Durante estos días tan festivos, la actriz Ellen Page, a quien tenemos infinitas ganas de ver junto a Julianne Moore en Freeheld, se ha ido a hacer un viajecito por Brasil, para comprobar de primera mano si los carnavales son tan divertidos como parecen por televisión, y de paso rodar un documental con Rio de fondo. Ahí, ha concedido una mini entrevista a una reportera que le ha hecho las preguntas que todas, sí, incluida tú, queríamos saber.

—¿Por qué saliste del armario? Leer más

Entrevista inedita con Pedro Lemebel. Del sexo lumpen al amor de madre

ENTREVISTA INEDITA
Una tarde con Pedro Lemebel

 

Imagen - Sebastián Freire

Imagen – Sebastián Freire

En junio de 2012 la Petra recibió en su casa a Facundo R. Soto. El resultado fue una entrevista que no se publicó en ese momento, a la espera de un segundo encuentro que Lemebel fue posponiendo con evasivas y promesas de muchos más detalles jugosos. Aquí, algunas de las perlas de aquella charla que va del sexo lumpen al amor de madre. In Página 12

 

1. Vengo a pedirle una entrevista
Me abrió la puerta un chico alto, moreno y con barba. Pensé que era árabe o brasileño, pero después me enteré de que era peruano. Detrás de él, Pedro. Inclinado como si quisiera espiarme, para ver cómo era, me miraba con la mano en la cabeza. Tenía un gorro, un pañuelo en la garganta y llevaba un pantalón violeta de pana. Hablaba en susurros y se esforzaba para hacerse oír. Me contó que la semana anterior le habían dado de alta después de la operación de laringe. Esa tarde iba a ser el primer día que volvería a comer. Llevé masas secas para tomar el té. Pedro, acercándose, me contó que él y Alfonso (el morocho de barba) no habían almorzado. Eran las cuatro de la tarde. Se metió en la cocina para ver cómo iba el pastel de papas. Pedro abrió el horno. El olor a carne llegó al living, donde yo me había quedado mirando los cuadros. Había cuatro: uno era un collage, con fotos, recortes y escrituras, muy dadaísta. Estaba hecho sobre una cartulina apelmazada por el tiempo, con manchas de humedad, pegado en un cartón enmarcado en vidrio. El que estaba al lado era una serigrafía plateada. Tenía a un hombre con cables en la cabeza. No podía sacarle la mirada a ninguno. Después, descubrí que había otro. Parecía un Liechtenstein auténtico. De hecho se llamaba así, y era el retrato de Liechtenstein, pintado con su técnica y color.

Cuando Pedro volvió al living le pregunté si era un original. Me dijo que no, que era un Liechtenstein pintado por un chileno. Volvió a la cocina y me llamó desde la oscuridad. Me preguntó si quería comer. Le dije que no, que un té estaba bien. Volvió a abrir el horno. Alfonso sacó la fuente y Pedro lo espolvoreó con azúcar. Regresamos al living y nos sentamos en el sillón. Sonaba un disco, en un tocadiscos con púa. Me preguntó por “las chicas”: La Noy, Marlene Wayar, Lohana. No sé cómo sacó el tema de la paranoia de los escritores. Le llamaba “paranoia” a los escritores que persiguen el reconocimiento del público, la crítica y sus compañeros, sin importarle nada. “Lo pierden todo, por el reconocimiento –me dijo–, nadie, a excepción de dos o tres en Chile pueden vivir de la escritura. Ni la Marcela Serrano –ya bajaron sus ventas–, ni siquiera Ricardo Piglia. Acá, la única que puede, creo, es la Isabel (Allende). Yo tampoco tengo el reconocimiento que debería tener, pero eso ya no me importa.” Después cambió de tema: “¿Cómo están las cosas allá? Es arriesgada la Cristina, arriesgada”, repitió sacudiendo la mano y dando carcajadas. Me preguntó por la ley de matrimonio igualitario y la de género, y en qué estado estaba el tema de la despenalización del “fasito”. “Vamos por buen camino, vamos bien.”

Le pregunté si Alfonso era su pareja. Me dijo que no, que era un amigo. Que lo conoció cuando lo esperaba en la puerta de un lugar donde él trabajaba, que caminaban charlando y así se hicieron amigos. “¿O me tengo que coger a todo el mundo?”, me preguntó molesto. Le dije que estaba de acuerdo con lo que decía, que “todavía existía el mito de la loca comehombres, pero que nosotros sabemos que tener sexo es fácil, lo difícil es encontrar amor”.

2. Las tres más fuertes
Después me contó que lo más fuerte que le pasó en la vida era lo que estaba viviendo en ese momento: la operación del cáncer en la garganta. “Es el segundo cáncer que me sale en el mismo lugar.” Después de la primera operación, el médico le pidió que no siguiera tomando alcohol, y él continuó tomando. Cuando el médico le preguntó cuánto bebía, ¿dos o tres copas de vino, por día?, Pedro asintió con la cabeza, pero en el fondo respondía: ¡tres botellas! Me preguntó si los escritores en la Argentina eran de hacer culto a la bebida. No alcancé a responderle que él se respondió: “No, eso es muy de los americanos”.

La otra cosa más fuerte, la muerte de su madre. Me dijo que desde que murió la mamá tomaba una pastilla para dormir y asimismo dormía sólo cuatro horas. Preguntó de pronto por qué había menos lesbianas, o si era que no hacían pública su homosexualidad. Me dijo que una amiga torta le había dicho que era porque los gays eran hombres y que también respondían al patriarcado hegemónico. Pedro dijo y ahora me repitió que era porque eran más cagonas.

Y la tercera, haber conocido el amor. Me dijo que fue hace poco, el año pasado, que hasta el momento tenía disociado el sexo del amor. Que estaba acostumbrado a tener sexo en lugares lumpen, debajo de un puente, en baños; siempre rápido y a escondidas, mi niño. “Yo no estaba acostumbrado al amor, ni hacerlo en una cama de rosas”, me dijo mirando el techo. El año pasado, Pedro estaba saliendo con un chico de Valparaíso que tenía 38 años y pintaba cuadros. Las veces que él fue a su casa fueron un desastre. Tenían que andar escondiéndose. El chico no quería que su familia se enterara de que andaba con otro hombre. Caminaban por calles poco transitadas, tenían que viajar en taxi, y cuando veían gente se cruzaban de calle, porque Pedro es una figura conocida en Chile. Tuvieron la mala suerte de toparse de frente con la hermana de su novio, y fue un momento de tensión. En lo sexual también eran un desastre. El chico quería sexo y Pedro, amor. Su novio empezó a ir a un psiquiatra, que le dijo que no era gay. Hasta ahí llegaron. Pedro no quiso volver a verlo. “Pero yo siempre fui un enamoradizo, pero esto fue otra cosa.”

3. Secretos en la infancia
Me contó que cuando él era chico vivió en un barrio alemán, en las afueras de Santiago. En su cuadra vivían los hijos de los mapuches y los obreros. Recordó a un grupo de chicos más grande que él jugando a la pelota. El que perdía tenía que hacerle la paja a otro, del equipo ganador. El juego iba creciendo y el que perdía tenía que darle un beso en la pija al otro. El no se enganchaba en ese juego porque –me dijo– los chicos con los que él jugaba eran más chicos. En silencio miraba cómo jugaban los más grandes. Le pregunté si él, después, cuando creció, pudo jugar como los otros chicos. Me dijo que sí, pero que las cosas que hacía las guardaba en secreto, mientras que los demás chicos lo contaban. “Las cosas ahora son taaaan diferentes de como eran antes… Antes, las mujeres no se la chupaban a sus maridos, ni lo hacían por atrás; para eso estábamos nosotrxs. Ahora todo cambió tanto… En una época, había teteras en la Biblioteca Nacional, en uno o dos lugares más y nada más. Pero Chile nunca se caracterizó por eso, como Buenos Aires.” Me preguntó si seguían existiendo las teteras de Constitución, las de los subtes, las de los McDonald’s. “Acá todo es muy distinto, ¿sabes? –me dijo–, ya casi ni hay taxis boys en la Plaza de Almas, como antes. Ahora todo es por Internet. Y si llamás a un taxi, de los que se ofrecen por Internet, no podés ni hablar dos palabras con ellos. ¿Sabés una cosa, mi niño? Los hombres no aman a las mujeres.” ¿Las quieren como madres?, le pregunté. “Los hombres aman a otros hombres, no a ellas. Por eso ellas sufren tanto y siempre están reclamando que los maridos las quieran. Porque no las quieren de verdad… Los hombres no aman a las mujeres”, volvió a decirme, y pensé en ir al baño para anotar la frase.

4. El almuerzo desnudo
Le pregunté si pensaba que existía una literatura gay. Me miró como fulminándome, se quedó un rato atravesándome con sus rayos. “Ese es un pensamiento falocéntrico, machista, pensar que hay una sola literatura y que gira alrededor de lo que esa persona cree que es literatura. Hay tantas literaturas, mi niño, como peluquerías para mujeres, y gays que salieron de la peluquería. Hay literatura para gays y literatura hecha por gays. ¿Por qué negarlo?” Mientras Alfonso ponía la mesa frente a la ventana, Pedro y yo llevábamos las sillas de la otra mesa. En el pequeño patio había dos columnas de yeso con plantas. Las plantas estaban ordenadas, muy prolijas, formando un semicírculo. Adentro, el piso de parquet brillaba. La mesa tenía un camino tejido al crochet. Me pareció que estaba sentado en la casa de mi abuela. Pedro se sentó enfrente de mí. Apareció Alfonso con un tenedor. “Nooo, ése no. Tráeme otro”, gritó Pedro como una loca histérica. El chico se fue y volvió con otro tenedor. El pastel de papa largaba humo. No era de carne roja, porque Pedro no come carne roja, sino de pavo. Todavía no podía tomar agua, “porque el esfuerzo de las cuerdas vocales con el agua es otro”, me dijo. Alfonso le trajo jugo. “Es más espeso, y hago menos esfuerzo para tragarlo”, me explicó. “Tampoco puedo tomar té, pero estamos pensando en comprar un vaporizador para fumar marihuana, porque si no puedo tomar agua menos voy a poder fumar. Es imposible. ¿Sabés lo que más me duele de todo esto? Que no puedo beber.”

–¿Y qué te da la bebida que la extrañás tanto? –le pregunté.

–Intensidad… Intensidad. Lo que me falta es intensidad.

Seguía hablando en susurros. Comía con ganas.

–Qué bueno es comer.

COMO ENTENDER A MENTE DE UM BISSEXUAL

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Não, nós não queremos sexo a três simplesmente porque somos bissexuais. Não, nós não gostamos de duas pessoas ao mesmo tempo porque temos a possibilidade de nos apaixonar tanto por homens quanto por mulheres.

As respostas às perguntas sobre bissexualidade são geralmente essas, o que demonstra ainda um pensamento equivocado sobre o conceito do que é ser bissexual.

Para evitar esse erro conceitual, elenco alguns tópicos simples para que qualquer um entenda a mente de alguém que se atrai por ambos os sexos.

Bissexual sempre vai trair?

Gays e heterossexuais costumam evitar o relacionamento com um bissexual por julgar que ele sentirá “falta de algo” durante o relacionamento. Sim, nós podemos sentir falta de muita coisa: amor, carinho, amizade, compreensão. Tudo o que uma pessoa poderia sentir em uma relação. Podemos trair? Claro que sim. Mas não por sermos bissexuais.

Não há nenhuma confusão

Como alguém pode gostar de homens e mulheres? Não sabem o que querem, não se decidem. Quando ouço gays falarem isso, a tristeza é ainda maior. Eles sabem mais do que ninguém que a sexualidade não é uma decisão. Seria o mesmo que pedir a eles para explicar por que gostam de pessoas do mesmo sexo.

A atração que sentimos por ambos os sexos é completamente natural. A sexualidade não tem sexo, como muito bem explicou o psicanalista Roberto Ceccarelli, em entrevista ao BlogSouBi. O que acontece com muitos bissexuais é que alguns se atraem mais por homens e outros mais por mulheres. Há ainda aqueles que dizem se interessar por ambos os sexos na mesma intensidade. Se existe amor e prazer em todas essas relações, por que haveria confusão?

A única confusão que existe é a mesma vivida por qualquer ser humano. Será que gosto mesmo daquela pessoa? Será que devo ficar com ela?

Gostar de duas pessoas ao mesmo tempo

Não é porque nos interessamos por ambos os sexos é que gostamos de duas pessoas ao mesmo tempo. Esse tipo de confusão não está relacionado ao fato de uma pessoa ser bissexual. Eu, por exemplo, nunca consegui gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, mas tenho amigos heterossexuais que gostaram de duas mulheres, assim como amigas que não sabiam de qual homem gostavam mais. Não é a sexualidade que define isso. Transcrito de BlogSouBi

TELEBIOGRAFIA DE WHITNEY HOUSTON OMITE RELACIONAMENTO LÉSBICO

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A estrela teria namorado a assistente Robyn Crawford durante toda a juventude; homofobia teria sido a principal causa da depressão e morte de Houston, diz jornalista

por Marcio Caparica

O canal de TV a cabo norte-americano Lifetime está prestes a estrear um filme biográfico sobre a vida de Whitney Houston. Dirigido por Angela Basset (de American Horror Story: Coven e American Horror Story: Freak Show, em seu début como diretora), Whitney traz as atrizes Yaya DaCosta no papel de Houston e Yolanda Ross no papel de Robyn Crawford, a assistente pessoal da cantora por todo o começo de sua carreira. E, apesar de nunca oficialmente confirmado, também sua namorada durante boa parte de sua vida.

Whitney Houston’s longtime friend Robyn Crawford for Lifetime Biopic

Whitney Houston’s longtime friend Robyn Crawford for Lifetime Biopic

Whitney Houston conheceu Robyn Crawford aos 16 anos e logo as duas tornaram-se inseparáveis. As duas moraram juntas mesmo depois que Whitney vendeu 13 milhões de cópias de seu álbum de estreia, Whitney, em 1985. Em entrevista à revista Time, a estrela disse que a assistente era “a irmã que eu nunca tive”. Crawford continuou uma presença constante ao lado de Houston por todo o início de sua carreira, seu sucesso como cantora, seu auge com o filme O guarda-costas, e seu casamento com o também cantor Bobby Brown. Consta que o relacionamento entre as duas era um “segredo aberto” dentro do mundo da música (o blogueiro Daryl Deino relata que elas não faziam esforço algum para esconder seu afeto durante as sessões de gravação), mas ele nunca foi oficializado: mesmo depois da morte de Whitney Houston em 11 de fevereiro de 2012, Crawford manteve sigilo sobre os detalhes de sua relação com a estrela pop. O máximo que fez foi escrever um obituário comovente sobre ela, publicado na revista Esquire, que termina com o seguinte parágrafo:

Eu nunca havia me pronunciado sobre ela até agora. Ela sabia que eu não faria isso. Ela foi uma amiga leal, e sabia que eu jamais seria desleal com ela. Eu nunca a trairia. Agora eu não consigo acreditar que eu jamais irei abraçá-la ou ouvir sua risada novamente. Eu amava sua risada, e isso é do que eu vou sentir mais falta, do que eu já tenho mais saudade.

O filme tratará de temas controversos da vida da diva, como seu abuso de drogas e seu casamento turbulento, mas não retratará uma relação romântica entre as duas. A disputa entre a assistente e o marido pelo afeto da cantora está no roteiro, no entanto. Yolanda Ross declarou ao site The Wrap: “[Robyn] era alguém que cresceu com ela desde os 16 anos, era a pessoa que estava com ela desde antes da fama. Nós não podemos dizer se havia algo a mais em termos de serem um casal, porque nunca foi confirmado. Mas eu imagino como deve ser, estar tão próxima de alguém, e então esse alguém começar a se envolver com outra pessoa. Sendo humano, os ciúmes, a mágoa vêm à tona. Como atriz, eu interpretei todas essas emoções. Eu interpretei o papel como alguém que amava a outra pessoa.”

Em fevereiro de 2012, pouco após a morte de Whitney Houston, o jornalista britânico Peter Tatchell publicou um artigo no jornal The Daily Mail em que dizia com todas as letras: Whitney e Robyn foram namoradas, e a necessidade de ocultar e reprimir seu amor por Robyn foi o que levou Whitney ao casamento com Bobby Brown, à depressão, ao abuso de drogas e à morte. Confira abaixo a tradução do artigo.

Eu conheci Whitney Houston e sua parceira na vigília Reach Out & Touch HIV em Londres em 1991.

Whitney discursou em apoio às pessoas com HIV de forma comovente, numa época em que muitas outras estrelas se mantinham à distância. Seu apoio foi muito valorizado. Ela batalhava pelo bem estar e direitos humanos das pessoas com HIV. Foi uma posição louvável.

Em tempos passados eu deixei de citar o nome da parceira de Whitney. Mas a maioria dos meios de comunicação já revelou que se trata de Robyn Crawford. Quando eu as encontrei, era óbvio que estavam loucamente apaixonadas. A intimidade e o afeto entre elas eram tão meigos e românticos. Elas davam-se as mãos no banco de trás do carro, como namoradas adolescentes. Claramente mais do que simples amigas, elas faziam um casal lindo e estavam tão felizes juntas. Ver seu amor era contagiante e arrebatador.

Quando esteve com Robyn, Whitney esteva feliz como nunca e no auge de sua carreira. Infelizmente, ela sofreu pressões de sua família e de sua igreja para por fim a seu maior amor de todos. Ela temia os efeitos que os rumores de que era lésbica causariam em sua família, sua reputação e sua carreira. Até que cedeu. O resultado? Um casamento surpresa com Bobby Brown.

Whitney, (esquerda) com Bobby Brown, sua mãe Cissy e (direita) Robyn Crawford

Whitney, (esquerda) com Bobby Brown, sua mãe Cissy e (direita) Robyn Crawford

O casamento foi um desastre. Bobby, o bad boy, nunca foi sua alma gêmea. Abrir mão de Robyn – elas haviam sido inseparáveis por anos – deve ter sido um trauma emocional. A vida de Whitney começou a ir para o ralo logo depois. Antes alguém saudável e sem vícios, ela passou a cair na bebedeira e a abusar das drogas – indícios de uma vida pessoal problemática e de muita infelicidade.

É muito provável que sua separação de Robyn tenha contribuído para seu abuso de entorpecentes e seu declínio. Há uma correlação conhecida entre a negação da própria sexualidade e a propensão a comportamentos autodestrutivos. A homofobia sem dúvida colocou Whitney sob mais pressão e acelerou seu falecimento.

Pouco depois de sua triste morte, eu fui citado por dizer que Whitney nunca foi tão feliz como quando amou uma mulher. Alguns fãs me acusaram de “insultá-la” e “conspurcar sua imagem”.

Mas não há nada vergonhoso quando uma mulher ama uma mulher. Não é sujo nem sórdido e não é algo que deveria ser ocultado.

Eu não a tirei do armário como lésbica/bissexual. Ela se declarou parcialmente quando dedicou seus álbuns a Robyn. Anos atrás, ela foi tirada do armário pela irmã de Bobby, Tina, e por seu ex-guarda-costas, Kevin Ammons.

Bobby Brown insinuou em sua autobiografia que ela havia se casado com ele para dispersar os rumores de que fosse lésbica: “Eu acredito que seu objetivo era limpar sua imagem… A mídia estava acusando-a de ter um relacionamento bissexual com sua assistente, Robin [sic] Crawford… isso não fazia muito bem para sua imagem. Na situação em que Whitney se encontrava, a única solução era se casar… para eliminar todos os rumores.”

Dizer a verdade não conspurca a memória de Whitney. Dizer a verdade honra o relacionamento mais importante que ela já teve. O que é errado é ignorar ou negar o único amor que a fez realmente feliz. A homofobia contribuiu para a derrocada de Whitney.

Eu quero ver uma sociedade mais tolerante, em que as pessoas não sintam a necessidade de se casarem para abafar os rumores de homossexualidade, e em que elas não sejam levadas à autodestruição por causa de sua inabilidade de aceitar e expressar seu amor por uma pessoa do mesmo sexo.

Alcançar esse objetivo seria um tributo digno para Whitney Houston.

 

 

Creó el primer grupo de bisexuales de la Argentina

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con la frente alta

Tras encumbrarla como una de sus máximas referentes, la militancia lésbica de los ’90 le dio la espalda, cuando se puso en pareja con un activista gay. Creó entonces el primer grupo de bisexuales de la Argentina y se fue del país poco después. La ley de matrimonio igualitario la trajo de regreso: volvió para casarse con su novia india. Alejandra Sardá, la revulsiva que contra su propia conveniencia rompió la crisálida del activismo L, cuenta lo que hizo y lo que sigue haciendo, veinte años después.

Imagen Sebastián Freire

Imagen Sebastián Freire

 

por Paula Jiménez España


Alejandra Sardá, ex integrante de Lesbianas a la vista y activista estrella de los ’90, tiene el pelo completamente blanco. Cuando vivió en Holanda –en parte por trabajo, en parte para convivir con Rádica, que quiere decir Luna, su novia india– descubrió esa belleza poco frecuente en la Argentina: rostros de mujeres todavía jóvenes iluminados por el plata de sus canas. Y decidió dejar de teñirse. Hace pocos años volvió a Buenos Aires y esta tarde, con su cabellera blanca, espera sentada en el café La Paz a que hagamos la entrevista. Tiene el gesto juvenil de entonces, la sonrisa inalterable y, como entonces, su hablar es claro, se entiende el porqué de su inolvidable paso por la militancia. Las cosas han cambiado –cuenta– pero no tanto: se puede decir que pese a haberse apartado del activismo Sardá no abandonó nunca el paño. Desde hace largo tiempo es coordinadora del Programa de fondos de mujeres de la financiadora Mama Cash –una entidad que subvenciona a grupos feministas o de derechos de las mujeres de todo el mundo– y previo a esto fue asesora de una iniciativa de AWID (Asociación para los derechos de la mujer y el desarrollo) que profundizó en el cruce entre fundamentalismo religioso y derechos, principalmente los sexuales.

¿Cómo definirías el fundamentalismo religioso?

–Es la instrumentación de una religión para adquirir o preservar poder político, que es poder económico. Toda religión tiene una parte espiritual, totalmente válida para quien la siente así, y tiene sus expresiones revolucionarias que van en contra del status quo, y que son brutalmente reprimidas. Y están también las expresiones que se acomodan a los poderes fácticos, son profundamente instrumentales y terminan siendo fundamentalistas. Tenés el fundamentalismo católico, evangelista, musulmán, judío, budista, de cualquier religión.

Y todas intervienen en la cuestión de la sexualidad. ¿De qué manera?

–Lo que se busca es poder político y económico, y uno de los elementos centrales es controlar la reproducción, porque la reproducción es la población. Entonces el sometimiento de las mujeres y la condena social a las minorías no reproductivas –olvidémonos por un momento de las maternidades alternativas y la reproducción asistida, pensemos con un esquema más tradicional– es lo que a esta gente le interesa. Quien decide quiénes se reproducen quiere que la mayoría “sana”, étnica o religiosa, se reproduzca para dominar el territorio y que la minoría “no sana” no lo haga. Para eso necesitás mujeres convencidas de que reproducirse es un deber, o sometidas para que no puedan legal y socialmente –por eso las leyes de aborto– tener proyectos que anulen o limiten su reproducción.

Pero el tema de las maternidades lésbicas, al menos en Occidente, se les escapa como posibilidad de control…

–Eso es para ellos de un nivel de aberración tal que directamente esa gente no tiene que existir. No vamos a discutir si se pueden reproducir o no: se tienen que curar. Casi todos estos fundamentalismos tienen dispositivos de “cura” de la homosexualidad. Las famosas clínicas en América latina están dirigidas por grupos religiosos. Donde esto ha saltado a la luz, en Ecuador, en Perú, en Brasil, siempre hay un grupo religioso ligado con ello. Hace muchos años se hizo un tribunal de derechos humanos en Lima sobre el tema de las clínicas en Ecuador.

¿Cómo ves el tema en Argentina, en relación con la elección del papa Francisco?

–Mi sensación es que en los últimos años se ha logrado un consenso social, sobre todo en el tema lesbianas, gays y bisexuales; la cuestión trans es otra cosa. Consenso al que no le afecta demasiado el Papa o el no Papa. Por supuesto que me van a decir: el crimen de Pepa Gaitán. Claro que sí. Nada es absoluto, toda sociedad tiene bolsones de violencia y los va a tener siempre. Pero la ventaja de ser una señora grande es que no puedo negar los cambios. Soy de la gente que marchaba y alrededor había un vacío. Ahora los partidos políticos tienen su idea de la diversidad sexual, una puede pensar que hacen teatro, pero por lo menos hacen teatro. Yo me casé con una chica, voy de lo más macro a lo más mínimo…

 

De criminales a señoras casadas

¿Tu pareja es de la India, no?

–Sí. Y estoy muy agradecida por la ley de matrimonio. Vivía en Holanda en 2010 y no sé si acá se habló de las parejas con doble nacionalidad, pero para nosotras fue la posibilidad de volver a la Argentina. En la India somos criminales, acá señoras casadas. Con Rádica vivíamos en Holanda por mi trabajo y porque nos quedaba en el medio. En Argentina, cada vez que me venía a ver no se podía quedar más de 45 días, y con muchos requisitos. Con la ley pudimos volver. El día que nos casamos había una parejita hétero en el registro, también casándose, y nos abrazamos los cuatro. Creo que la ley fue posible porque durante años mucha gente hizo un trabajo de hormiga para generar este nivel de convivencia social. En Argentina se montó por un desarrollo social y eso no puede cambiar por más que el Papa llegue a donde llegó.

¿Dónde conociste a Rádica?

–En una conferencia internacional, en Italia. Yo estaba con alguien, pero ¿viste cuando marcás a alguien y te decís: no por ahora? Trabajaba con un grupo de la India que se llamaba CREA y siempre me fijaba a ver si estaba Rádica en la lista de invitadxs, hasta que coincidimos por fin. Ella estaba en otra cosa cuando nos conocimos, tenía una relación complicada y no quería dos quilombos. Me vio y dijo: sólo puedo con uno. Pero esa segunda vez yo ya no era un quilombo y ella resolvió su situación rápido. Tuve varias experiencias alternativas y diversas de relaciones y llegó un momento que dije: no puedo. Es maravillosa la teoría, la sigo apoyando, admiro a la gente que lo logra, pero…

¿Estás hablando del poliamor?

–Sí. Yo lo hice mal, lastimando gente y perdiendo gente muy valiosa. Decidí en un momento que no tengo la capacidad. No vivo lo mío como una maravilla; es lo que cada una puede. Me parece válida la opción de no hacerlo si no se puede. Durante años tuvimos una relación a larga distancia, de la mitad del mundo a la otra. Lo que nos ayudó es que nos encontramos con más de cuarenta años ambas y muchas cosas vividas, algunas hermosas y otras no. Y nos preguntamos profundamente: ¿justifica esto que hagamos tremendo quilombo y tragedia?

¡Parece que sí! ¿Vos viviste también en la India?

–Pasé seis meses allá y todos los años voy porque para mí es mi segundo país. Tengo amigas maravillosas y la familia de Rádica es una rara avis. El papá y la mamá son de dos religiones diferentes –que eso es una cosa muy revolucionaria– y el de ellos fue un matrimonio por amor, hace más de cincuenta años. Allá se suelen arreglar los matrimonios. Ellos son gente con una mentalidad no estándar y a mí me tratan como a una hija. La India ya tuvo sus primeras marchas del Orgullo. Yo estuve en la primera, en Delhi, y éramos pocas personas. Había feministas aliadas y gente del VIH. Allá hay una ley que penaliza la sodomía y se aplica mezclada con una cuestión de clase, como acá los edictos policiales; es una ley anacrónica que jamás se va a aplicar a una persona de clase media, pero es un instrumento de la policía para proceder contra las personas trans, sobre todo contra las trabajadoras sexuales. Crimen y castigo

¿Vos por qué te alejaste del activismo Glttb?

–Sinceramente la cuestión de los niveles de agresión pudo conmigo y con mucha gente. Llega un momento en que es muy fuerte esto de destruirnos no sólo a nivel político sino también personal. Es un activismo personal, no estás defendiendo los bosques sino cosas de tu propia vida. Y no soy una pobre víctima. He dañado a mucha gente también, es una dinámica de relacionamiento. No sé si esto continúa pasando. Lo he hecho y me lo han hecho a mí. Tiene que ver con el verticalismo, con la desesperación, con la marginación, con la intolerancia.

Eras activista lesbiana y empezaste a salir con un activista gay. Esto fue un problema para vos por la inflexibilidad de las organizaciones de los años ’90, ¿verdad?

–De las organizaciones y de las personas. Además tiene que ver con otra dinámica de nuestro movimiento, que es la cuestión de las figuras que ocupan un lugar de referente. Yo terminé huyendo de eso. Que te pongan en ese lugar es devastador, porque tu vida te deja de pertenecer. Hubo gente que por ese episodio me decía: no te puedo mirar porque vos eras un referente para mí. Yo pensaba: ¿y qué culpa tengo? Hoy en día la gente moriría de risa. Una cosa que me fascina de lxs jóvenes es la posibilidad de no definirse, esto de la fluidez del deseo. Lo más gracioso es que cuando a mí me pasó llevaba años fuera del closet y nadie podía decirme, como me decían, que no me animaba a asumirme como lesbiana. ¡Es ridículo! En ese momento la única gente que no se asustó fue la gente trans, porque imaginate que con las cosas que les pasan en la vida por lo que menos se preocupan es por quién se acuesta con quién. Hay cosas más serias que eso.

A partir de ahí abriste el primer grupo de bisexuales que hubo en el país…

–Sí. En aquella época nosotras no teníamos noción del poder de los medios. Le pasó a Ilse con las lesbianas y a mí con la cuestión bisexual. Fui a un programa de televisión a hablar y di el teléfono de mi casa. Yo era psicóloga y no paraba de sonar el ring, me acuerdo de cómo me miraban mis pacientes. Se armó un grupo, la cosa se abrió y después hubo otra gente que lo retomó, y hoy es un tema que no asusta a nadie, por suerte. Y para mí es una bendición. Yo milité para que las cosas por las que militaba desaparecieran. Que nadie se asuste porque alguien sea bisexual me parece un logro del activismo, no un logro mío sino de mucha gente, incluso de la gente joven que ni siquiera se pone el cartel de bisexual, que me parece mejor todavía. A mí, en cambio, me tocó la prehistoria, donde era todo un escándalo.

Al poco tiempo te fuiste del país, ¿verdad?

–En ese momento me cayó del cielo una oferta para trabajar en una ONG internacional y sentí que si hacía de mi activismo mi trabajo iba a estar protegida, porque en un trabajo una no pone tanto la piel. Y esto me llevó años entenderlo. Antes el activismo era lo que se hacía a la noche y los fines de semana, con el alma. Y como era el amor y la pasión y la vida, te mataba. En cambio, en el laburo los mecanismos eran más racionales y también había reglas de juego. Si a mí una jefa me insultaba, como yo era una empleada, las leyes laborales me defendían; en cambio, en los grupos de lesbianas, no tenía nada. Hay gente que se ha ocupado de investigar –y esto también es muy interesante– cómo el poder informal puede llegar a ser mucho más despótico que el formal.

 

Activismo de ayer y de hoy

 

Antes mencionaste, respecto de la Argentina, que la cuestión trans es otra cosa. ¿A qué te referías exactamente?

–La ley que tenemos es maravillosa, pero está treinta años por delante de nuestra sociedad. Las aberraciones que la gente dice de las personas trans… Siempre hubo una cuestión de clase en el activismo trans que no la hay con el resto del activismo. Yo misma en mi época sabía que era una persona “potable” y usé conscientemente esto para hacer visibles los temas que nos importaban.

¿Ser potable significa ser blanca, de clase media, profesional..?

–Por supuesto. Ahora hay espacio para una diversidad de voces, de cuerpos, de todo. Pero en algún momento tenía sentido estratégico que hubiera gente “potable” porque había que abrir puertas y no quiere decir que una fuera mejor. Claro que cuando tenés esa condición de “potabilidad” es importante que te cuides de no obstruir otras voces. Porque hay un momento en que esas voces tienen que dar un paso al costado y compartir el espacio con las otras.

¿Y cómo ves el activismo actualmente?

–A mí me gustaría estudiar la relación entre el activismo y el Estado. Yo he escuchado gente de mi época decir con una concepción cavernícola: ahora ya no hay activismo, lo único que hay son empleados del Gobierno. Si decís eso estás descalificando lo que hace la gente ahora que está militando en condiciones completamente distintas de las nuestras. Para mí está pasando una cosa más compleja e interesante.

¿Y qué dirías que está pasando?

–Entre otras cosas, hay subsidios que vienen del Estado y es algo que hace veinte años era impensable. Es cierto también que hay mucha gente que, como el Estado encarna banderas de su lucha activista, siente que puede llevarla adelante siendo parte del Estado, esto es algo nuevo para el movimiento lgttb. Nosotros cuando empezamos teníamos a Menem, no había alternativa más que enfrentarlo. Yo a este gobierno no lo enfrentaría. Entonces me intriga y me gustaría saber cómo se reformula esto. Las instancias de negociación son otras. A mí lo que me alarmaría sería si eso que me parece en principio positivo –unir la lucha de sector a una lucha más amplia– implicara restricciones para el colectivo glttbi. Como persona rasa no tengo esa información. Ojalá no pase. Durante mucho tiempo he sido parte de esa gente que defendió en espacios regionales la inclusión de lxs activistas de Cuba porque para muchas organizaciones no podían formar parte por ser consideradxs funcionarixs del Gobierno. Todo el mundo está subvencionado por algo, salvo un colectivo anarquista que está subvencionado por la gente que compra sus fanzines. Lo que hay son grados de dependencia y todo depende de quién te subvenciona y qué te exige. Y además como ahora trabajo en sector de financiamiento, de esto sé algo.

¿Son muchas las organizaciones de lesbianas que reciben financiamiento de Mama Cash?

–Tenemos limitaciones porque nosotras damos financiamiento en todo el mundo. Las lesbianas son prioridad y también los grupos trans, incluidos los hombres trans. Esto para un fondo feminista ha sido una lucha. Es una de las cosas que a mí me endilgan. Me consideran un arma del capitalismo para desfinanciar el movimiento lésbico y darle todo el dinero al Ostram. Por supuesto que no, que jamás me he ocupado de esto. Primero no tengo ese poder, segundo, que tampoco lo haría. Pero sí es cierto que una de las primeras cosas que me interesaron trabajar en esta área fue concientizar a las financiadoras feministas para empezar a separar feminismo de “mujerismo” y que entendieran que apoyar a los movimientos que cuestionaban la concepción binaria de género era parte de nuestra agenda. Con muchxs compañerxs, como Lohana Berkins y Mauro Cabral, trabajamos mucho con los fondos de mujeres que hoy en día financian personas trans y con las financiadoras de derechos humanos y progresistas.

¿Cómo han influido los avances en materia de género para las políticas financiadoras?

–El mundo de hoy es complejo, ya no podemos seguir hablando de “apoyamos a las mujeres”. Si apoyamos a las mujeres podemos llegar a apoyar a las que están contra el aborto. Tenemos una agenda feminista, de género y derechos humanos. Hay que cuantificar todo mucho. Porque agenda de género también es cualquiera. Ya no alcanza con decir mujeres, o género. Es muy interesante, las cosas ya no son tan lineales.

Ciudad de Mujeres. Vista por Picasso, Schiele, Klimt…

Comienzos del siglo XX

Hasta la segunda Guerra Mundial más de 80 artistas abordarán al menos una vez el tema de “Las Dos Amigas”, término puesto de moda por el poeta Verlaine en el XIX…

En el balcón las amigas miraban ambas como huían las golondrinas

Una pálida sus cabellos negros como el azabache, la otra rubia

Y sonrosada, su vestido ligero, pálido de desgastado amarillo

Vagamente serpenteaban las nubes en el cielo

Y todos los días, ambas con languideces de asfódelos

Mientras que al cielo se le ensamblaba la luna suave y redonda

Saboreaban a grandes bocanadas la emoción profunda

De la tarde y la felicidad triste de los corazones fieles

Tales sus acuciantes brazos, húmedos, sus talles flexibles

Extraña pareja que arranca la piedad de otras parejas

De tal modo en el balcón soñaban las jóvenes mujeres

Tras ellas al fondo de la habitación rica y sombría

Enfática como un trono de melodramas

Y llena de perfumes la cama vencida se abría entre las sombras

El hecho de que las mujeres quieran salir del espacio privado provoca una crisis de los modelos sexuales culturales de una amplitud sin precedentes.

“Pues si, como dice, Bonnet, la dominación de las mujeres reposa sobre el simbolismo de la desigualdad de sexos que atribuye a cada sexo un género y a cada género un rol en la sociedad, su emancipación desencadena irremediablemente el estallido de este simbolismo. Es la imagen femenina la que se fisura en la identidad entre el sexo y el género, imagen instituida por el patriarcado del siglo XIX”.

Las Amigas aparecerán no sólo como objeto de deseo sino como sujetos de su emancipación sexual y simbólica. Y se convertirá en un tema recurrente que será plasmado por las pintoras y pintores desde las diferentes corrientes artísticas como el expresionismo, cubismo, surrealismo y la Escuela de París.

Pierre Bonnard se sirvió de este motivo para ilustrar una edición de Ambroise Vollard en 1900

bonnard

Picasso a pesar de su prolífica obra pictórica, sólo dedicará cuatro o cinco cuadros al tema de Las dos amigas y todas pertenecientes a su juventud, concretamente a su etapa del período azul.

Las dos amigas, 1904 picasso

Las dos amigas, 1904 picasso 2

Dos mujeres desnudas , 1920 picasso

Dos mujeres corriendo por la playa, 1922 picasso

Albert Marquet nos muestra unos cuerpos sin ternura, carentes de emoción y erotismo, con una estética un tanto andrógina como de mujeres que se “sienten” hombres tal como las describía la psiquiatría.

Marquet Las dos amigas, 1912

André Lhote también abordó el tema de las dos amigas y su estilo, tanto en la disposición de las figuras femeninas como en la voluptuosidad y en los volúmenes de los cuerpos influyó en Tamara de Lempicka.

Como queda ilustrado en su dibujo Las durmientes y en sus pinturas La Playa y Las dos amigas.

Andre_Lhote  La playa, 1922

Andre_Lhote   Las dos amigas, 1925

Las durmientes, 1921 picarbia

Picabia, mayoritariamente trata a las dos amigas de una forma que podemos considerar vulgar y mediocre. Fundamentalmente realizaba copias de fotografías de revistas eróticas de su época.

Picabia  La morena y la rubia, 1941-42

4Picabia- Mujeres en las amapolas , 1941-42

El tratamiento del tema de las dos amigas que efectúa Gustav Klimt no aporta elementos nuevos que no hubiesen sido tratados antes por artistas como Courbet o Toulouse-Lautrec, salvo una mayor abstracción propia del movimiento simbolista y esa afluencia de elementos decorativos característica del modernismo Así los cabellos de las mujeres se entrelazan con las algas marinas y las florecillas acentuando la sensualidad de sus bellos y estilizados cuerpos . Klimt representa las escenas lésbicas como una fantasía propia de y para los hombres.

En su cuadro Las Amigas, las dos mujeres se ubican en primer plano, dirigiendo sus sensuales miradas hacia el espectador, una vestida con una amplia túnica roja -el famoso vestido reforma que intentó liberalizar a las damas vienesas eliminando corsés y elementos opresores- y otra sensualmente desnuda.

7Amigas-Klimt Las amigas, 1916-17

7-3Serpientes-Klimt

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Egon Schiele, de nacionalidad austriaca, vivió en un momento en que los artistas alemanes y austriacos toman el tema de la pareja de mujeres impulsados por el movimiento de emancipación homosexual más organizado de Europa.

Se enfrentó a todos los tabúes de su tiempo y fue considerado, junto con Gustav Klimt, un maestro del erotismo aunque también como un pornógrafo y perseguido por su arte de sexo explícito, por lo cual sufrió cárcel.

Exponente de la corriente expresionista, cuestiona la ideología de la separación del alma y del cuerpo, de lo femenino y lo masculino y vuelve a dar relevancia al lenguaje de la emoción, en su caso, emoción corporal.

El lesbianismo no será en él una perversión, sino la expresión del poder de Eros que abraza a todo el mundo.

5Egon_Schiele_1915

5-51915-Schiele-Dos_muchachas_abrazandose

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Tamara de Lempicka nació en 1898 en Polonia aunque se exilió a París. Tuvo una personalidad fuerte y original como otras mujeres eslavas de su época, sin embargo se diferenció de ellas por el hecho de que ella era la creadora y nunca soportó vivir a la sombra de ninguna persona y menos de un artista como era habitual entre las vanguardias.

La importancia de su obra radica en que por primera vez una pareja de mujeres se muestra en la Ciudad, es decir, integrada en el espacio público, coto privado de los hombres y no solamente como lo había sido hasta entonces, asociada a los placeres de la alcoba, al harén, la mitología o la naturaleza.

Pero como dice Bonnet “ella no innova sólo en este dominio. Detrás de las mujeres se erigen los inmuebles modernos de estilo cubista que contrastan curiosamente con la plenitud sensual que emana de las dos mujeres (….) contraste entre la ciudad cubista de ángulos agudos y líneas rotas, y los cuerpos de las mujeres con sus curvas y volúmenes”.

Será una de las artistas que mejor encarne la mujer de los años 30.

6lempicka-Primavera

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Beleza lésbica

Miss España, Yurena Rodríguez

 

Patricia Yurena Rodríguez, primeira dama de honor no concurso de Miss Universo em 2013, assumiu nas redes sociais que tem um relacionamento com uma mulher. A espanhola é a primeira miss nacional a assumir a sua homossexualidade.

A espanhola tem 24 anos, é de Tenerife e conquistou o título de Miss Espanha por duas vezes em 2008 e 2013. No ano passado ficou em segundo lugar no concurso de Miss Universo. Foi no Instagram que deu conta da sua orientação sexual, partilhando uma fotografia com a sua namorada, Vanesa Cortes, uma cantora e DJ espanhola. A fotografia tem a legenda “Romeu e Julieta”.

 

Vanesa Klein y Patricia Yurena

Rose Maria Walsh, a atual Miss Irlanda, se assumiu gay em entrevista ao jornal Irish Sun. A Miss se declarou lésbica depois de ter consultado a família sobre o assunto. “Para mim, é normal ser lésbica. Disse aos meus pais e eles me apoiaram, como deve ser“, falou ela.

Miss Irlanda, Maria Walsh

LAS LESBIANAS MÁS LINDAS DEL MUNDO

“Me gusta leer, tengo un hobby, estoy estudiando y amo a mi familia.” El discurso básico de las Miss bellezas se completa hoy con “¡ah! y soy lesbiana”. ¿Cambió algo o todo lo contrario? La normalización y la inclusión como dos puntos de la misma pasarela.

Por Magdalena de Santo

Vestidos largos, brillantes, de una sola manga, cuelgan de las perchas de un armario que se supone universal. Es que hace unos días, la nueva Miss España, Yurena Rodríguez, se declarnó lesbiana justo antes de ir a competir por el titulo de Miss Universo. Y en una suerte de contagio endémico, Miss Irlanda, Maria Walsh –cualquier similitud con nuestra prócer lésbica nacional es pura coincidencia–, le siguió con la cadencia de sus pasos y se afirmó públicamente en su normalidad lésbica. “Ser lesbiana es ser algo normal”, dijo la irlandesa. Con estas dos salidas del closet simultáneas de Miss bellezas universales –de este universo tan chiquito y occidental– dan ganas de pensar, otra vez, los tráficos y contrabandeos de la lógica de la inclusión.

Reconozco las sinuosas trayectorias de lucha y aun la necesidad de visibilización, sobre todo en los pueblos y en las zonas menos metropolitanos. Pero ubiquémonos en el centro, y miremos desde los privilegios (Sandra Mihanovich ya tiene su programa en TN).

sandra mihanovich

¿Qué espíritu colectivo de contagio puede engendrar que chicas lindas salgan del armario? La snobización de la identidad sexual, en este caso, tiene el tufo de canchereada cool progresista de los creadores del universo de señoritas bellas. Algunx podrá argumentar algo acerca de la plusvalía simbólica que generan estas presencias, de la necesidad de referentes, de las alianzas que se tejen en la comunidad lgbt, de la construcción social lenta y paulatina que está incorporando el deseo entre minas. Pero las identidades no son sólo son sexuales y la opresión hoy se juega, sobre todo, en el universo de las imágenes y la representación. Sabemos que son tortas porque primero son Miss Universo, ésa es su consagración y su éxito. Eso es lo que nos llega. En la misma línea, pienso que las narrativas del coming out en la voz de personas felices y sin fisuras prometen más bien la re-producción de una única imagen de la subjetividad lésbica: estereotípicamente linda.

Desde ya que este contagio de perchas habla de un mundo receptivo, sí, pero también de la cooptación mercantil, de la vida espectacular, genial, súper fascinante y divertida de las lesbianas. Copado. No hay nada que temer: entre lesbianas, un “yo” hermoso y normal recorre la pasarela sin vergüenza, ni dolores. En las escalinatas de Milán, con unos terribles tacazos y una faja cruzando la panza dura de abominables abdominales, se oyen los ecos de una norma harto reconocida: “Podés ser linda, flaca, exitosa y además lesbiana”. Así, mujeres cisexuales hermosamente esculpidas por los cánones, iconos del éxito y la buena vida, figuran como la imagen femenina sin nada que esconder. Ni heroica ni temeraria esta confesión duplicada. Se encuentra sobre las bases de una larga, muy larga, alfombrita roja. Y que se porta con coronita.