Papa Francisco: “Los bienes están destinados a todos, y aunque uno ostente su propiedad, pesa sobre ellos una hipoteca social. Se supera así el concepto económico de justicia, basado en el principio de compraventa, con el concepto de justicia social, que defiende el derecho fundamental de la persona a una vida digna”

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Así se expresó Jorge Bergoglio durante su encuentro con la sociedad civil en la iglesia de San Francisco de Quito, en uno de los actos del viaje que está realizando por Latinoamérica y que le llevará también a Bolivia y Quito.

Francisco destacó cómo el país que visita y otros muchos en Latinoamérica están afrontando nuevos retos “que requieren la participación de todos los actores sociales”.

Y citó: “la migración, la concentración urbana, el consumismo, la crisis de la familia, la falta de trabajo, las bolsas de pobreza producen incertidumbre”, así como “tensiones que constituyen una amenaza a la convivencia social”.

Entonces advirtió que “las normas y las leyes, así como los proyectos de la comunidad civil, han de procurar la inclusión, abrir espacios de diálogo, de encuentro y así dejar en el doloroso recuerdo cualquier tipo de represión, el control desmedido y la merma de libertades”.

Para Francisco, la esperanza de un futuro mejor para estos países comienza por la creación de empleo y un crecimiento económico que llegue a todos, “pero no se quede en las estadísticas macroeconómicas y con un desarrollo sostenible que genere un tejido social firme y bien cohesionado”.

A los asistentes, Jorge Bergoglio puso el ejemplo de algunos países europeos donde el desempleo juvenil se encuentra entre el 40 y el 50 por ciento.

Y citó cómo el fenómeno de los “ni-ni”, estos chicos que ni estudian ni trabajan y ante la falta de trabajo caen en la adicción (de estupefacientes), en la tristeza, en la depresión, en el suicidio o se enrolan en proyectos de locura social.

En su discurso en la Iglesia de San Francisco, el templo católico más antiguo de Latinoamérica, también instó a Ecuador y Latinoamérica a defender la Amazonía, así como a entablar un diálogo con “cada una de las fuerzas sociales, los grupos indígenas, los afroecuatorianos, las mujeres, las agrupaciones ciudadanas y cuantos trabajan por la comunidad en los servicios públicos”.

De nuevo el papa, como en su discurso de llegada a Ecuador, ofreció la colaboración de la Iglesia “en la búsqueda del bien común, desde sus actividades sociales, educativas, promoviendo los valores éticos y espirituales”.

Francisco también habló del concepto de “la gratuidad”, del que dijo “no es complemento sino requisito necesario de la justicia”.

“Los bienes están destinados a todos, y aunque uno ostente su propiedad, pesa sobre ellos una hipoteca social. Se supera así el concepto económico de justicia, basado en el principio de compraventa, con el concepto de justicia social, que defiende el derecho fundamental de la persona a una vida digna”, explicó.

También a Ecuador le recordó que “la explotación de los recursos naturales no debe buscar el beneficio inmediato”.

Y agregó que no se puede administrar esta riqueza “sin un adecuado cuidado del medioambiente, sin una conciencia de gratuidad que brota de la contemplación del mundo creado”.

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¿Qué son los nini? El Papa Francisco explicó de que se trata el fenómeno

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El papa Francisco lamentó hoy desde Quito el alto desempleo juvenil en algunos países europeos, así como el fenómeno de los “ni-ni” (ni estudian, ni trabajan) y advirtió que esto empuja a los jóvenes a la adicción, a la depresión, al suicidio o “a proyectos de locura social”.

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Francisco estaba dirigiendo un discurso a la sociedad civil de Ecuador, en uno de los actos de su viaje por Latinoamérica que también lo llevará a Bolivia y Paraguay, cuando habló de la necesidad de “creación de empleo y un crecimiento económico que llegue a todos”.

Y a ellos recordó cómo en países europeos el desempleo juvenil, el de los menores de 25 años, “llega incluso al 40 o 50 por ciento”.

Citó también el fenómeno de “los ‘ni-ni’, estos chicos que ni estudian ni trabajan”

Y agregó que ante “la falta de trabajo caen en la adicción (de estupefacientes), en la tristeza, en la depresión, en el suicidio o se enrolan en proyectos de locura social que al menos representen un ideal”.quito papa 5

Centro Histórico Quito

Centro Histórico Quito

Papa Francisco envia mensagem a muçulmanos pelo mês do Ramadã

«Ninguém pode matar. Ninguém pode matar em nome de Deus; isto seria uma crime duplo: contra Deus e contra a própria pessoa»

Anne Derenne

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Eis quanto reafirma a mensagem pelo diálogo inter-religioso dirigido à comunidade muçulmana por ocasião do mês do Ramadão (´Id al-Fitr 1436 h. / 2015 a.d.). No texto, recorda-se que «comunidades étnicas e religiosas em numerosos países do mundo padeceram sofrimentos enormes e injustos: o assassinato de alguns dos seus membros, a destruição do seu património cultural e religioso, emigração forçada das suas casas e cidades, moléstias e estupros das suas mulheres, escravização de alguns dos seus membros, tráfico de seres humanos, comércio de órgãos, e até venda de cadáveres! Estamos todos cientes da gravidade destes crimes. Todavia, o que os torna ainda mais hediondos é a tentativa de os justificar em nome da religião. Trata-se de uma clara manifestação da instrumentalização da religião para obter poder e riqueza».

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Cristãos e muçulmanos juntos para combater a violência realizada em nome da religião. Esse é o convite feito pelo Vaticano na mensagem enviada aos muçulmanos por ocasião do mês do Ramadã. O texto foi publicado pela Santa Sé nesta sexta-feira, 19.

A mensagem foi enviada pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso. O texto recorda o assassinato de tantas pessoas pertencentes a comunidades étnicas e religiosas em vários países, bem como a destruição de seu patrimônio cultural e religioso e emigrações forçadas.

O Vaticano acredita que o que torna esses crimes ainda mais hediondos é a tentativa de justificá-los em nome da religião. Para a Santa Sé, isso é uma instrumentalização da religião para obter poder e riqueza.

“Não há uma vida que seja mais preciosa que a outra por motivo de sua pertença a uma específica raça ou religião. Então, ninguém pode matar. Ninguém pode matar em nome de Deus; isso seria um crime duplo: contra Deus e contra a própria pessoa”.

O texto recorda também o que disse João Paulo II sobre cristãos e muçulmanos: que eles têm o privilégio da oração. Há uma grande necessidade de oração, reitera o Vaticano, pela justiça, pela paz e por todos os que cometem violência em nome da religião.

Já é um costume que o Vaticano cumprimente outras religiões com uma mensagem por ocasião de datas festivas. Os textos ficam a cargo do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O mês do Ramadã, neste ano, começou nesta quinta-feira, 18. Para os muçulmanos, é uma ocasião marcada por várias práticas religiosas e sociais, como o jejum, a oração, a esmola, a ajuda aos pobres e visitas a parentes e amigos.

Papa Francisco: “A falta ou a perda do trabalho, ou a sua forte precariedade, incidem de forma muito pesada sobre a vida familiar”

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Cidade do Vaticano, 3 jun 2015 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje para as situações que colocam as famílias em vulnerabilidade, denunciando a guerra, “mãe de todas as pobrezas”, e os sistemas económicos que geram miséria.

“Efetivamente, a miséria social atinge a família e por vezes a destrói. A falta ou a perda do trabalho, ou a sua forte precariedade, incidem de forma muito pesada sobre a vida famíliar, colocando duramente à prova as relações”, denunciou, durante a audiência semanal que decorreu no Vaticano.

Francisco defendeu que os cristãos devem estar “cada vez mais perto das famílias que a pobreza coloca à prova”, sublinhando que todos os presentes na Praça de São Pedro conhecem situações de pessoas atingidas pelo desemprego.

Na Praça de São Pedro, denunciou as condições de vida nos bairros desfavorecidos, que causam “ainda mais dificuldades” às famílias, com impacto na “habitação e transporte” e “redução dos serviços sociais, saúde e educação”.

Derrubar os muros

Segundo Francisco, para além dos fatores materiais as famílias são também afetadas por “pseudomodelos” que os meios de comunicação social divulgam, baseados no consumismo e no culto da aparência, que acabam por “quebrar os laços familiares”.

Neste contexto, a Igreja frisou que “deve ser pobre para ser fecunda”, com uma “simplicidade voluntária” nas suas instituições e no estilo de vida dos seus membros para “derrubar todos os muros de separação, principalmente dos pobres”.

“É quase um milagre que no meio de tanta pobreza as famílias continuem a ser formadas, mantendo inclusive relações humanas tão especiais. Devíamos ajoelhar-nos aos pés dessas famílias que são uma verdadeira escola de humanidade, que salva a sociedade da barbárie”, desenvolveu, pedindo uma “nova ética civil” para regulamentar as relações sociais.

Com efeito, é «quase um milagre que, até na pobreza, a família continue a formar-se». Uma realidade que «irrita os planejadores do bem-estar», os quais «consideram os vínculos familiares uma variável secundária». Na realidade, comentou o Papa, «deveríamos ajoelhar-nos diante destas famílias, que são uma verdadeira escola de humanidade que salva as sociedades da barbárie». Por isso, exortou os responsáveis da vida pública a fim de que reorganizem «o vínculo social a partir da luta à espiral perversa entre família e pobreza».

Economia familiar

De facto, a economia actual «especializou-se na fruição do bem-estar individual, mas pratica largamente a exploração dos vínculos familiares», sem que «o imenso trabalho da família» seja «quotado nos balanços». Não obstante isto, prosseguiu o Pontífice, «a formação interior da pessoa e a circulação social dos afectos têm o seu pilar exactamente aqui».

Depois de ter analisado as consequências sociais da miséria sobre as famílias, o Papa chamou em causa a Igreja. E afirmou que, para ser pobre deve praticar «uma simplicidade voluntária – nas suas instituições, no estilo de vida dos seus membros – para abater qualquer muro de separação».

Francisco alertou mais uma vez para as políticas económicas que são contrárias à família cujo trabalho “imenso” não é “contabilizado nos balanços, nem reconhecido”.

Nova ética

“É quase um milagre que, em meio à tanta pobreza, famílias continuem sendo formadas, mantendo inclusive relações humanas tão especiais. Deveríamos nos ajoelhar diante destas famílias que são uma verdadeira escola de humanidade que salva a sociedade da barbárie”, considerou Francisco, pedindo aos responsáveis pela vida pública “uma nova ética civil” para regulamentar as relações sociais.

Prosseguindo a catequese, o Papa denunciou a contradição entre as políticas econômicas e a família. “O trabalho da família é imenso e não é contabilizado nos balanços… nem reconhecido” disse, completando que “a formação interior das pessoas e a circulação social dos afetos têm justamente ali seu alicerce. Se ele for derrubado, tudo cai”.

Não só de pão…

“E não é só questão de pão! Falamos de trabalho, de instrução, de saúde. Quando vemos imagens de crianças desnutridas e doentes em tantos lugares do mundo nós nos comovemos muito. E o mesmo acontece ao vermos o olhar de crianças carentes de tudo, quando mostram com orgulho seu lápis e caderno, admirando com amor seu professor ou professora!… As crianças sabem que o homem não vive só de pão; as crianças querem amor!”.

Francisco lembrou que nós cristãos devemos estar sempre mais próximos das famílias que vivem na pobreza. “A miséria social atinge a família e por vezes a destrói. A falta ou a perda do trabalho, ou sua precariedade, incidem fortemente na vida familiar, colocando relacionamentos à dura prova”, advertiu.

Vigília Pascal: Água e fogo em cerimônia simbólica

Celebração central do calendário litúrgico é a mais antiga e importante na Igreja Católica

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A Igreja Católica celebra nas últimas horas deste Sábado Santo e nas primeiras de Domingo de Páscoa o principal e mais antigo momento do ano litúrgico, a Vigília Pascal, assinalando a ressurreição de Jesus.

Esta é uma celebração mais longa do que habitual, em que são proclamadas mais passagens da Bíblia do que as três habitualmente lidas aos domingos, continuando com uma celebração batismal e a comunhão.

A vigília começa com um ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de Jesus; o círio pascal é abençoado, antes de o presidente da celebração inscrever a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ómega), e inserir cinco grãos de incenso, em memória das cinco chagas da crucifixão de Cristo.

A inscrição das letras e do ano no círio são acompanhadas pela recitação da fórmula em latim ‘Christus heri et hodie, Principium et Finis, Alpha et Omega. Ipsius sunt tempora et sæcula. Ipsi gloria et imperium per universa æternitatis sæcula’ (Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ómega. Dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória e o poder por todos os séculos, eternamente).

O ‘aleluia’, suprimido no tempo da Quaresma, reaparece em vários momentos da missa como sinal de alegria.

A celebração articula-se em quatro partes: a liturgia da luz ou “lucernário”; a liturgia da Palavra; a liturgia batismal; a liturgia eucarística.

A liturgia da luz consiste na bênção do fogo, na preparação do círio e na proclamação do precónio pascal.

A liturgia da Palavra propõe sete leituras do Antigo Testamento, que recordam “as maravilhas de Deus na história da salvação” e duas do Novo Testamento: o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas), e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão.

A liturgia batismal é parte integrante da celebração, pelo que mesmo quando não há qualquer Batismo, se faz a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas.

Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal.

Cristo e NSenhora

Nesse dia a Igreja toda guarda luto pela morte de Jesus. Neste dia se faz também a comemoração das Dores de Nossa Senhora. É uma celebração que relembra todos os sofrimentos de Nossa Senhora desde o nascimento de Jesus, culminando com a dor infinita à qual se viu exposto o coração de Maria, ao deixar seu divino Filho no sepulcro.

Por maior que seja a solidão que algum coração humano já sentiu, por certo, sequer aproximará do amargor, do infinito abandono que se apossou do coração da mãe do Divino Amor. Na Solene Vigília Pascal da noite será celebrada a Missa da Ressurreição. Essa missa é precedida pela bênção do Fogo Novo e do Círio Pascal, benção da água Batismal e Renovação das Promessas do Batismo.

Todos os fiéis devem levar velas.

Fogo: Sinal da presença de Deus na história, em suas manifestações de salvação. Ligado ao fogo, temos o círio pascal que aceso no fogo novo lembra o Cristo ressuscitado.

Luz: Símbolo da vida. Representa a presença de Cristo que é vida e oferece vida e salvação ao homem. Jesus atravessa as portas da mansão dos mortos, vencendo e trazendo a luz para a humanidade.

Água: Também é sinal da vida que é comunicada ao cristão quando ele renasce pelo batismo para um mundo novo.

“Na crueldade da tua paixão, Senhor, vemos a crueldade dos nossos corações e das nossas ações. No teu sentimento de abandono, vemos todos os abandonados pelos familiares, pela sociedade, dos que estão privados de atenção e da solidariedade”

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Ao concluir a Via-Sacra desta Sexta-feira Santa, no Coliseu de Roma, perante milhares de pessoas, Francisco falou das “traições diárias” dos crentes à mensagem de Jesus.

“Na crueldade da tua paixão, Senhor, vemos a crueldade dos nossos corações e das nossas ações. No teu sentimento de abandono, vemos todos os abandonados pelos familiares, pela sociedade, dos que estão privados de atenção e da solidariedade”, referiu.

Para Francisco, a “negligência e indiferença” da sociedade estão na origem de muitos homens e mulheres “abandonados ao longo da estrada”

“Imprime no nosso coração sentimentos de fé, esperança, caridade, de perdão pelos nossos pecados”, rezou.

Neste contexto, o Papa argentino desejou que a conversão das “palavras” se transforme “em vida e obras”.

As tentações da corrupção e do mundanismo

Francisco pediu ainda que Jesus reforce a “esperança” das pessoas para que estas não esmoreçam com as “tentações do mundo” nem se deixem “enganar pela corrupção e mundanidade”.

O Papa denunciou o “silêncio cúmplice” dos que assistem com indiferença ao massacre de cristãos “perseguidos, decapitados e crucificados” por causa da sua fé.

Ao longo das 14 estações a cruz foi transportada, entre outras pessoas, por uma família numerosa; um casal italiano que adotou dois irmãos no Brasil; duas irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Siena, no Iraque; católicos da Síria, Nigéria, Egito e a China.

As reflexões que recordaram os cristãos perseguidos e a escravatura moderna foram escritas por D. Renato Corti, bispo emérito de Novara, Itália, a pedido do Papa.

O trabalho que se torna escravidão

“Há homens e mulheres que são presos, condenados ou até mesmo trucidados, só porque são crentes ou comprometidos em prol da justiça e da paz. Não se envergonham da vossa cruz. São, para nós, admiráveis exemplos a imitar”, referiu o texto apresentado durante a celebração.

Na evocação da prisão, julgamento e condenação à morte de Jesus rezou-se pelo “direito fundamental à liberdade religiosa” lembrando “situações terríveis” da humanidade de hoje, como: “O tráfico de seres humanos, a condição das crianças-soldado, o trabalho que se torna escravidão, as crianças e os adolescentes despojados de si mesmos, feridos na sua intimidade, barbaramente profanados”.

 

Papa Francisco: Pode uma mãe se esquecer do seu filho?

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Nesta Quinta-Feira Santa, 2, o Papa Francisco visitou o Complexo da Penitenciária de Rebibbia, em Roma, onde encontrou-se com detentos. Após o encontro, o Pontífice foi para a Igreja “Pai Nosso”, que fica dentro do complexo, onde celebrou a tradicional Missa de Lava-Pés e lavou os pés de alguns detentos, entre eles um brasileiro.

O amor de Jesus pela humanidade foi o centro da homilia do Santo Padre. Ele explicou que essa celebração de Lava-Pés enfatiza justamente esse amor infinito de Cristo. “O amor de Jesus por nós não tem limite, é sempre mais, sempre mais, não se cansa de amar, a ninguém, ama todos nós, a ponto de dar a vida por nós”.

Outro ponto destacado pelo Papa foi o gesto de lava-pés realizado por Jesus. Um gesto que mostra serviço e amor. “É tão forte o seu amor (amor de Jesus) que se fez escravo para nos servir, para nos curar, para nos purificar e hoje, nesta Missa, a Igreja quer que o sacerdote lave os pés de doze pessoas em memória dos doze apóstolos. Mas no nosso coração temos que ter a certeza de que o Senhor, quando nos lava os pés, nos lava por inteiro, nos purifica, nos faz sentir, mais uma vez, o seu amor”.

Francisco disse que também ele precisa ser lavado por Deus e por isso pediu orações para que Deus lave sua sujeira a fim de que ele se torne mais escravo no serviço às pessoas, como fez Jesus.

Com a celebração de hoje, Francisco repetiu o gesto que realizou no primeiro ano de seu pontificado. A Missa da Quinta-Feira Santa de 2013 foi celebrada por ele no Instituto Penal para Menores Casal del Marmo, ocasião em que lavou os pés de alguns menores infratores. Por Jéssica Marçal/ Canção Nova

Durante a sua homilia, publicada pelo serviço informativo da Santa Sé, Francisco pediu aos participantes para que rezassem por ele e que encarassem a cerimónia do lava-pés como um convite à mudança de vida.

“No nosso coração devemos ter a certeza, devemos estar certos de que o Senhor, quando lava os nossos pés, lava-nos totalmente, purifica-nos. Faz-nos sentir novamente o seu amor”, salientou o Papa argentino.

““Eu também preciso de ser lavado pelo Senhor, e por isso rezem durante esta Missa para que o Senhor lave também as minhas sujidades”, exortou ainda Francisco, antes de começar propriamente o rito do lava-pés.

Nesse momento, o Papa lavou os pés a 6 homens e 6 mulheres e também a “uma criança que estava no colo da sua mãe detida”.

Na Bíblia há uma frase, no Profeta Isaías, muito bonita: pode uma mãe se esquecer do seu filho? Se uma mãe se esquecesse de seu filho eu jamais me esquecerei de você. Assim é o amor de Deus por mim. E eu vou lavar hoje os pés de doze de vocês, disse em seguida o Papa. Mas nestes irmãos e irmãs estão todos vocês, todos, todos, todos os que vivem aqui. Vocês representam eles. Mas eu também preciso ser lavado pelo Senhor, e por isso rezem durante esta Missa, para que o Senhor lave também as minhas sujeiras, para que eu me torne mais escravo de vocês, mais escravo no serviço das pessoas, como foi Jesus”, finalizou Francisco.

JAntes da missa, quando chegou esta tarde ao complexo prisional dos arredores de Roma, Francisco foi acolhido com “aplausos, beijos e abraços” não só pelas centenas de detidos mas também pelo corpo da guarda prisional, pelo pessoal administrativo da instituição e por todos os voluntários e capelães que ali trabalham.

A todos os presos o Papa argentino “cumprimentou quase um por um, abraçando-os e beijando-os”, adianta a nota da Santa Sé. Agência Ecclesia

Vídeo da chegada do Papa ao presídio

 

 

A Semana Santa vista por leitores do ABC galeria de fotos

As melhores imagens das procissões desta Sexta-Feira Santa na Espanha

“Un pecado que clama al cielo y que no tiene perdón. El dinero robado a los pobres”

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El cardenal Norberto Rivera Carrera lamentó que México se encuentre sumido en la “esclavitud del crimen” y añadió que derivado de esa situación “son miles de personas las que mueren en medio de la violencia más demencial y diabólica”.

Al encabezar la misa crismal en el contexto de la Semana Santa, el también arzobispo primado de México dijo que debido a la violencia y la inseguridad que genera el crimen organizado, en el país hay “tantas familias destrozadas, tanto dolor sin consuelo, tanto menosprecio de la dignidad de la persona humana y todo esto a causa de la ambición desmedida de riqueza y de poder”.

El cardenal Norberto Rivera Carrera lamentó que México se encuentre sumido en la “esclavitud del crimen”

El cardenal Norberto Rivera Carrera lamentó que México se encuentre sumido en la “esclavitud del crimen”

Rivera Carrera criticó la existencia de “falsos ídolos que no dan lo que prometen sino que quitan la vida a sus adoradores” y añadió que aunado a todo esto el país sufre otra esclavitud: la corrupción”, la cual calificó como la actitud “más escandalosa de ellas”.

Ante cientos de fieles que colmaron la Catedral Metropolitana esta mañana, el jerarca comentó que “por desgracia ciudadanos de los más diversos sectores parecen olvidar que el dinero que nutre sus excesos ha sido robado a los pobres, por lo que es un pecado que clama al cielo y que no tiene perdón, si no se repara el daño, si no se devuelve el dinero cuyo fin público es aliviar la pobreza, la enfermedad y las necesidades más básicas de miles de personas que no tienen lo mínimo para vivir dignamente”.

Recordó palabras del pontífice Francisco respecto a la corrupción: “el papa Francisco lo ha repetido muchas veces, no es compatible la corrupción con la fe cristiana”.

También se refirió a la persecución religiosa que sufren muchos cristianos actualmente, cuyo único “delito es creer en Jesús”.

 

 

Não existe humildade sem humilhação

Neste Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, o Papa Francisco presidiu à celebração eucarística na Praça São Pedro, com a participação de milhares de fiéis. A cerimônia teve início com a bênção dos ramos, que recordam a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, seguida da procissão.

Disse o Papa que o verdadeiro caminho de Deus é o da humildade e que não há outra estrada de Jesus a não ser essa

 

Pope Francis' mass of Palm Sunday

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Pope Francis' mass of Palm Sunday

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O Papa citou em sua homilía um trecho do hino da Carta aos Filipenses, que diz “Humilhou-Se a Si mesmo”. Para Francisco, esta palavra desvenda o estilo de Deus e do cristão: a humildade.

“Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: jamais nos habituaremos a um Deus humilde! Humilhar-se é, antes de mais nada, o estilo de Deus. Deus humilha-Se para caminhar com o seu povo, para suportar as suas infidelidades.”

O Pontífice acrescenta dizendo que esta Semana que nos leva à Páscoa só será Santa se caminharmos por esta estrada da humilhação de Jesus.

“Nestes dias, ouviremos o desprezo dos chefes do seu povo e as suas intrigas para O fazerem cair. Assistiremos à traição de Judas. Veremos o Senhor ser preso, condenado à morte, flagelado e ultrajado. Ouviremos que Pedro, a “rocha” dos discípulos, O negará três vezes. Ouviremos os gritos da multidão, que pedirá a Sua crucificação. E O veremos coroado de espinhos.”

Francisco prossegue observando que este é o caminho de Deus, o caminho da humildade e que não há outra estrada de Jesus a não ser essa. “Não existe humildade sem humilhação”.

O Santo Padre explica ainda que humildade quer dizer serviço, significa dar espaço a Deus despojando-se de si mesmo, esvaziando-se. “Esta é a maior humilhação.”

O caminho do mundanismo

Francisco frisou que o mundanismo é o caminho contrário ao de Cristo. “O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso. É o outro caminho. O maligno o propôs também a Jesus, durante os quarenta dias no deserto, mas Ele rejeitou-o sem hesitação. Com Cristo, também nós podemos vencer esta tentação, não só nas grandes ocasiões mas também nas circunstâncias ordinárias da vida.”

O Papa deu como exemplo tantos homens e mulheres que cada dia, no silêncio e escondidos, renunciam a si mesmos para servir um familiar doente, um idoso sozinho ou uma pessoa deficiente.

Ao finalizar sua reflexão, o Santo Padre citou a humilhação daquelas pessoas que, por sua conduta fiel ao Evangelho, são discriminadas e perseguidas, definindo-as os mártires de hoje, pois suportam com dignidade insultos e ultrajes para não renegar Jesus.

“Com eles, emboquemos também decididamente esta estrada, com tanto amor por Ele, o nosso Senhor e Salvador. Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força e onde Ele estiver, estaremos também nós”, conclui.

Primeiro cardeal do Panamá: “Há uma realidade que fere, que faz mal: a corrupção, o furto”

“Devemos trabalhar pelos pobres”, promete Cardeal Lacunza na Festa do Cristo de Atalaya

 

Cristo Nazareno de Atalaya

Cristo Nazareno de Atalaya

No Panamá, celebra-se no primeiro domingo de Quaresma a festividade do Cristo de Atalaya, dom Audilio Aguilar, bispo da Diocese de Santiago de Veraguas, convidou o novo cardeal, José Luis Lacunza, bispo da Diocese de David e primeiro cardeal na história do Panamá, para presidir a festa.

“Se o Papa me nomeou cardeal não foi porque eu sou José Luis Lacunza, mas porque sou Bispo no Panamá”, foram as primeiras palavras do purpurado, que recebeu um forte aplauso dos fiéis que lotaram a igreja de Veraguas.

Disse o cardeal Lacunza:”A responsabilidade é grande, devo ser um canal entre o povo e o coração da Igreja. Infelizmente, há uma realidade que fere, que faz mal: a corrupção, o furto. Não podemos aceitar ver roubados os mais pobres, aqueles que não têm nada. 30% da nossa população do Panamá vive em condições de pobreza extrema e não só, são carentes também de ensino público, não têm acesso a serviços de saúde, e isto não se pode aceitar”.

Naquele instante, um menino gritou: “Não temos água!”. Olhando à criança, o Cardeal perguntou: “Por que não há água?”.

Um senhor idoso disse: “Não temos remédios”, e o Cardeal, dirigindo seu olhar para a primeira fila dos presentes, disse “Então quer dizer que todos temos que trabalhar seriamente, aqui”.

Na primeira fila, estava o presidente de Panamá, Juan Carlos Varela, considerado católico praticante, junto com outras autoridades do país.

A festividade do Cristo de Atalaya é provavelmente a mais popular festa católica no Panamá. Calcula-se que somente na noite de ontem, cerca de 500 mil fiéis foram venerar a imagem do Cristo de Atalaya que se encontra em Veraguas, e cuja devoção data de 1730, difundida em todo o país.