El papa Francisco habla “claro” ante el Congreso de Estados Unidos

por Raquel Godos

muro México
Haciendo suya la “regla de oro” de “no hagas a los demás lo que no quisieras para ti mismo”, el papa Francisco se dirigió ayer al Congreso de Estados Unidos de un modo “claro y conciso” para abordar asuntos claves en el país como la situación de los inmigrantes, la pena de muerte o la pobreza.

La histórica intervención del pontífice, la primera de un santo padre ante el Legislativo estadounidense, no tomó partido explícito por las políticas de unos u otros, demócratas o republicanos, pero sí fue firme en la posición de la Iglesia acerca de asuntos que en Estados Unidos resultan muy divisorios.

En este sentido, Brian Porter-Szücs, experto en catolicismo romano de la Universidad de Michigan, explicó a Efe que ejemplo de ello fue la alusión implícita del pontífice al aborto cuando habló de la protección a la vida, momento que aprovechó para virar su argumento de manera “sorprendente” y pedir la abolición de la pena de muerte, una práctica aún activa en EEUU.

“Mientras escuchaba el discurso del papa ante la sesión conjunta del Congreso me llamó la atención el contraste con otros discursos pronunciados por los papas Juan Pablo II y Benedicto XVI en ocasiones similares”, dijo el experto.

Según Porter-Szücs, los papas anteriores adoptaron un “estilo retórico” que les permitió estar por encima de los debates políticos mundanos para que la Iglesia “pudiera conservar una postura distante, no partidista”, sin embargo es innegable que “Francisco tiene un enfoque diferente”.

“Habla directamente y, a menudo, específicamente sobre los asuntos que le conciernen. En realidad no difiere de sus predecesores sobre las cuestiones fundamentales, pero las trae a tierra de una manera que no hemos visto antes”, insistió.

Para Daniel Ramírez, profesor asistente de cultura estadounidense en la misma universidad, uno de los asuntos en los que el pontífice fue más claro fue la inmigración, presentándose a sí mismo como “hijo de inmigrantes” y recordando a los congresistas que todos ellos, sin excepción, también lo son.

“Cambió la discusión: ¿Qué hacer con los inmigrantes? Nos recordó que la mayoría de los pueblos de las Américas vinieron del extranjero y que en nuestro tratamiento hacia el extranjero desobedecemos la regla de oro (…) y que esa regla se aplica también a los humanos en todas las etapas del desarrollo”, afirmó.

“En otras palabras, los provida también deben ser proinmigrante”, señaló.

Pese a una fuerte demanda social y presiones tanto de la Casa Blanca como de grupos activistas, el Congreso estadounidense no ha sido capaz de ponerse de acuerdo para legislar sobre una reforma migratoria que ponga solución a las carencias, reconocidas por todos, que sufre el sistema.

El presidente de la Cámara Baja, el republicano John Boehner, fue el artífice de la visita papal al Congreso, pero como puntualizó en conversación con Efe la profesora Silvia Pedraza, también fue quien bloqueó “el esfuerzo de Reforma Integral de Inmigración” de carácter bipartidista que en 2013 logró el consentimiento del Senado.

“Tengo la esperanza de que el discurso del Papa abrirá esta puerta que se había cerrado con un cerrojo”, agregó Pedraza, un deseo que muchos de los congresistas defensores de la reforma migratoria también han compartido, ya que el debate al respecto está en horas bajas.

Francisco, que durante más de media hora planteó sus inquietudes a los legisladores en inglés, hizo alarde de sus dotes comunicativas pese a su falta de control del idioma y se refirió también a la necesidad de que los líderes políticos busquen el bien común.

“Un buen líder político es aquel que, con los intereses de todos en mente, aprovecha el momento en un espíritu de apertura y pragmatismo”, dijo el pontífice ante uno de los congresos más polarizados de la historia de Estados Unidos, a quien instó con vehemencia a cuidar del planeta, “la casa de todos”.

“Un buen líder político -insistió- siempre opta por iniciar procesos en lugar de poseer espacios”. EFE

Muro_estado-unidos_mexico muro dos clandestinos

PAPA FRANCISCO Hoje em dia, a casa vai ficando vazia

Em último dia de sua passagem por Cuba, Papa Francisco enalteceu a família como escola da humanidade. A família nos salva da colonização do dinheiro
Papa Francisco saudou família que partilhou com a comunidade sobre as dificuldades de viver uma ‘igreja doméstica’. Foto CTV

Papa Francisco saudou família que partilhou com a comunidade sobre as dificuldades de viver uma ‘igreja doméstica’. Foto CTV

Para Francisco, diante de uma sociedade administrada pela tecnocracia econômica, é necessária uma nova aliança do homem e da mulher para emancipar os povos da “colonização do dinheiro”. Esta aliança, defendeu o Papa, deve voltar a orientar a política, a economia e a convivência civil.
Desta aliança, a comunidade conjugal-familiar do homem e da mulher é a gramática gerativa. Deus confiou à família não o cuidado de uma intimidade fim em si mesma, mas o projeto de tornar “doméstico” o mundo.

“Propriamente a família está no início, na base desta cultura mundial que nos salva; nos salva de tantos ataques, destruições, colonizações, como a do dinheiro e a das ideologias que tanto ameaçam o mundo. A família é a base para defender-se”, disse o Papa.

Francisco salientou que tudo o que acontece entre o homem e a mulher deixa marcas na criação. Em concreto, o pecado original – a rejeição à bênção de Deus – adoeceu o mundo. Mas, recordou, Deus nunca abandonou o homem; no livro do Gênesis, a promessa feita à mulher parece garantir a cada nova geração uma bênção especial para defender-se do maligno.

“Existem muitos clichês, às vezes ofensivos, sobre a mulher sedutora que inspira o mal. Ao invés, há espaço para um teologia da mulher que seja à altura desta bênção de Deus para ela e para a geração!”, defendeu.

Cristo, recordou o Papa, nasceu de uma mulher. “É a carícia de Deus sobre as nossas chagas, nosso erros e pecados. Mas Deus nos ama como somos e quer levar-nos avante com este projeto, e a mulher é a mais forte a levá-lo avante.”

Francisco ressaltou que a promessa que Deus faz ao homem e à mulher inclui todos os seres humanos até o fim da história. “Se tivermos fé suficiente, as famílias dos povos da Terra se reconhecerão nesta bênção. Caminhando juntos, sem fazer proselitismo”, disse o Papa, pedindo a bênção de Deus às famílias de todos os ângulos da Terra.

Família, escola da humanidade

por Alessandra Borges

Em seu último dia de visita pastoral a Cuba, o Papa Francisco se encontrou com a famílias cubanas na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, nesta terça, 22, na cidade de Santiago. Em seu discurso, o Pontífice agradeceu o acolhimento que recebeu em sua passagem pelo arquipélago, enaltecendo que se sentiu em casa durantes estes dias.

“Concluir a minha visita vivendo este encontro em família é motivo para agradecer a Deus pelo ‘calor’ que brota de gente que sabe receber, que sabe acolher, que sabe fazer sentir-se em casa. Obrigado!”, disse Francisco.

Papa Francisco iniciou o seu discurso agradecendo a coragem de um casal que testemunhou para todos os presentes “os seus anseios e esforços para viver no lar como uma ‘Igreja doméstica’”.

“A comunidade cristã designa as famílias pelo nome de igrejas domésticas, porque é no calor do lar onde a fé permeia cada canto, ilumina cada espaço, constrói comunidade; porque foi em momentos assim que as pessoas começaram a descobrir o amor concreto e operante de Deus”, explicou o Papa.

Utilizando-se do Evangelho de São João na passagem bíblica das bodas de Caná, e também a relação de amizade de Jesus com Lázaro, Marta e Maria, o Santo Padre exemplificou sobre a importância do ambiente familiar e das relações de amor e afeto que se formam.

“Jesus escolhe estes momentos para nos mostrar o amor de Deus, Jesus escolhe estes espaços para entrar nas nossas casas e ajudar-nos a descobrir o Espírito vivo e atuante nas nossas realidades cotidianas. É em casa onde aprendemos a fraternidade, a solidariedade, o não ser prepotentes. É em casa onde aprendemos a receber e agradecer a vida como uma bênção, e aprendemos que cada um precisa dos outros para seguir em frente. É em casa onde experimentamos o perdão, e somos continuamente convidados a perdoar, a deixarmo-nos transformar. Em casa, não há lugar para ‘máscaras’: somos aquilo que somos e, de uma forma ou de outra, somos convidados a procurar o melhor para os outros”, ressaltou o Papa.

 

Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que a família, em muitas culturas, está deixando desaparecer os encontros e as festas familiares. “Sem família, sem o calor do lar, a vida torna-se vazia; começam a faltar as redes que nos sustentam na adversidade, alimentam na vida quotidiana e motivam na luta pela prosperidade”, exortou.

“A família é escola da humanidade, que ensina a pôr o coração aberto às necessidades dos outros, a estar atento à vida dos demais. Apesar de tantas dificuldades que afligem hoje as nossas famílias, não nos esqueçamos, por favor, disto: as famílias não são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade que temos de cuidar, proteger, acompanhar”, afirmou o Santo Padre.

Segundo o Papa, quando formos questionados sobre o futuro da crianças, e que tipo de sociedade queremos deixar para elas, devemos responder que é um lugar que exista a presença das famílias.

“É certo que não existe a família perfeita, não existem esposos perfeitos, pais perfeitos nem filhos perfeitos, mas isso não impede que sejam a resposta para o amanhã. Deus incentiva-nos ao amor, e o amor sempre se compromete com as pessoas que ama. Portanto, cuidemos das nossas famílias, verdadeiras escolas do amanhã”, aconselhou o Pontífice.

Após o discurso, Papa Francisco, se dirigiu a parte externa da catedral de Nossa Senhora da Assunção para saudar os fiéis que o aguardavam com palavras de amor e saudação para as famílias.

Discurso do Papa Francisco, no encontro com as famílias na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em 22 de setembro de 2015, Santiago, Cuba

Estamos em família! E quando alguém está em família, sente-se em casa. Obrigado, famílias cubanas! Obrigado, cubanos, por me terdes feito sentir todos estes dias em família, por me terdes feito sentir em casa. Este encontro convosco é como «a cereja sobre o bolo». Concluir a minha visita vivendo este encontro em família é motivo para agradecer a Deus pelo «calor» que brota de gente que sabe receber, que sabe acolher, que sabe fazer sentir-se em casa. Obrigado!

Agradeço a D. Dionisio García, Arcebispo de Santiago, a saudação que me dirigiu em nome de todos e ao casal que teve a coragem de partilhar com todos nós os seus anseios e esforços para viver o lar como uma «igreja doméstica».

O Evangelho de João apresenta-nos, como primeiro acontecimento público de Jesus, as bodas de Caná, uma festa de família. Está lá com Maria, sua mãe, e alguns dos seus discípulos partilhando a festa familiar.

As bodas são momentos especiais na vida de muitos. Para os «mais veteranos», pais, avós, é uma ocasião para recolher o fruto da sementeira. Dá alegria à alma ver os filhos crescerem, conseguindo formar o seu lar. É a oportunidade de verificar, por um instante, que valeu a pena tudo aquilo por que se lutou. Acompanhar os filhos, apoiá-los, incentivá-los para que possam decidir-se a construir a sua vida, a formar a sua família, é um grande desafio para todos os pais. Os recém-casados, por sua vez, encontram-se na alegria. Todo um futuro que começa; tudo tem «sabor» a coisas novas, a esperança. Nas bodas, sempre se une o passado que herdámos e o futuro que nos espera. Sempre se abre a oportunidade de agradecer tudo o que nos permitiu chegar até ao dia de hoje com o mesmo amor que recebemos.

E Jesus começa a sua vida pública numa boda. Insere-Se nesta história de sementeiras e colheitas, de sonhos e buscas, de esforços e compromissos, de árduos trabalhos lavrando a terra para que dê o seu fruto. Jesus começa a sua vida no interior de uma família, no seio de um lar. E é no seio dos nossos lares que Ele incessantemente continua a inserir-Se, e deles continua a fazer parte.

É interessante observar como Jesus Se manifesta também nos almoços, nos jantares. Comer com diferentes pessoas, visitar casas diferentes foi um lugar que Jesus privilegiou para dar a conhecer o projeto de Deus. Vai à casa dos seus amigos – Lázaro, Marta e Maria -, mas não é seletivo: não Lhe importa se são publicanos ou pecadores, como Zaqueu. E não era só Ele que agia assim; quando enviou os seus discípulos a anunciar a boa nova do Reino de Deus, disse-lhes: «Ficai na casa [que vos receber], comendo e bebendo do que lá houver» (Lc 10, 7). Bodas, visitas aos lares, jantares: algo de «especial» hão-de ter estes momentos na vida das pessoas, para que Jesus prefira manifestar-Se aí.

Lembro-me que, na minha diocese anterior, muitas famílias me explicavam que o único momento que tinham para estar juntos era, normalmente, o jantar, à noite, quando se voltava do trabalho e as crianças terminavam os deveres da escola. Era um momento especial de vida familiar. Comentava-se o dia, aquilo que cada um fizera, arrumava-se a casa, guardava-se a roupa, organizavam-se as tarefas principais para os dias seguintes. São momentos em que uma pessoa chega também cansada, e pode acontecer uma ou outra discussão, um ou outro «litígio». Jesus escolhe estes momentos para nos mostrar o amor de Deus, Jesus escolhe estes espaços para entrar nas nossas casas e ajudar-nos a descobrir o Espírito vivo e actuante nas nossas realidades cotidianas. É em casa onde aprendemos a fraternidade, a solidariedade, o não ser prepotentes. É em casa onde aprendemos a receber e agradecer a vida como uma bênção, e aprendemos que cada um precisa dos outros para seguir em frente. É em casa onde experimentamos o perdão, e somos continuamente convidados a perdoar, a deixarmo-nos transformar. Em casa, não há lugar para «máscaras»: somos aquilo que somos e, duma forma ou doutra, somos convidados a procurar o melhor para os outros.

Por isso, a comunidade cristã designa as famílias pelo nome de igrejas domésticas, porque é no calor do lar onde a fé permeia cada canto, ilumina cada espaço, constrói comunidade; porque foi em momentos assim que as pessoas começaram a descobrir o amor concreto e operante de Deus.

Em muitas culturas, hoje em dia, vão desaparecendo estes espaços, vão desaparecendo estes momentos familiares; pouco a pouco, tudo leva a separar-se, a isolar-se; escasseiam os momentos em comum, para estar juntos, para estar em família. Assim não se sabe esperar, não se sabe pedir licença ou desculpa, nem dizer obrigado, porque a casa vai ficando vazia: vazia de relações, vazia de contatos, vazia de encontros. Recentemente, uma pessoa que trabalha comigo contava-me que a sua esposa e os filhos tinham ido de férias e ele ficara sozinho. No primeiro dia, a casa estava toda em silêncio, «em paz», nada estava fora do lugar. Ao terceiro dia, quando lhe perguntei como estava, disse-me: quero que regressem todos já. Sentia que não podia viver sem a sua esposa e os seus filhos.

Sem família, sem o calor do lar, a vida torna-se vazia; começam a faltar as redes que nos sustentam na adversidade, alimentam na vida cotidiana e motivam na luta pela prosperidade. A família salva-nos de dois fenómenos atuais: a fragmentação (a divisão) e a massificação. Em ambos os casos, as pessoas transformam-se em indivíduos isolados, fáceis de manipular e controlar. Sociedades divididas, quebradas, separadas ou altamente massificadas são consequência da ruptura dos laços familiares, quando se perdem as relações que nos constituem como pessoa, que nos ensinam a ser pessoa.

A família é escola da humanidade, que ensina a pôr o coração aberto às necessidades dos outros, a estar atento à vida dos demais. Apesar de tantas dificuldades que afligem hoje as nossas famílias, não nos esqueçamos, por favor, disto: as famílias não são um problema, são sobretudo uma oportunidade; uma oportunidade que temos de cuidar, proteger, acompanhar.

Discute-se muito sobre o futuro, sobre o tipo de mundo que queremos deixar aos nossos filhos, que sociedade queremos para eles. Creio que uma das respostas possíveis se encontra pondo o olhar em vós: deixemos um mundo com famílias. É certo que não existe a família perfeita, não existem esposos perfeitos, pais perfeitos nem filhos perfeitos, mas isso não impede que sejam a resposta para o amanhã. Deus incentiva-nos ao amor, e o amor sempre se compromete com as pessoas que ama. Portanto, cuidemos das nossas famílias, verdadeiras escolas do amanhã. Cuidemos das nossas famílias, verdadeiros espaços de liberdade. Cuidemos das nossas famílias, verdadeiros centros de humanidade.

Não quero concluir sem fazer menção da Eucaristia. Tereis notado que Jesus, como espaço do seu memorial, quis utilizar uma ceia. Escolhe como espaço da sua presença entre nós um momento concreto da vida familiar; um momento vivido e compreensível a todos: a ceia.

A Eucaristia é a ceia da família de Jesus, que, de um extremo ao outro da terra, se reúne para escutar a sua Palavra e alimentar-se com o seu Corpo. Jesus é o Pão de Vida das nossas famílias, quer estar sempre presente, alimentando-nos com o seu amor, sustentando-nos com a sua fé, ajudando-nos a caminhar com a sua esperança, para que possamos, em todas as circunstâncias, experimentar que Ele é o verdadeiro Pão do Céu.

Daqui a alguns dias, participarei juntamente com famílias do mundo inteiro no Encontro Mundial das Famílias e, dentro de um mês, no Sínodo dos Bispos, cujo tema é a família. Convido-vos a rezar especialmente por estas duas intenções, para que saibamos todos juntos ajudar-nos a cuidar da família, para que saibamos cada vez mais descobrir o Emanuel, o Deus que vive no meio do seu povo fazendo das famílias a sua morada.

PAPA FRANCISCO. ​Até nos lugares mais remotos

recibimiento papa holguin

thumbnail-papa-plaza-holguin2

thumbnail-papa en holguin

A etapa em Holguín, na segunda-feira, 21, foi breve, apenas oito horas, mas cheia de significado, porque ali o Papa Francisco encontrou-se com outra porção da Igreja cubana, viva e comprometida no caminho de evangelização que desde Setembro do ano passado faz referência a um novo plano pastoral quinquenal lançado pela Conferência episcopal e intitulado Pela estrada de Emaús. A esta comunidade, e através dela a toda a Igreja de Cuba, o Pontífice reconheceu o esforço e o sacrifício realizados para anunciar Cristo a todos, até nos lugares mais remotos.

Ao programar a viagem a Cuba o Pontífice tinha pedido para ir a uma diocese que não tivesse sido inserida nos itinerários papais precedentes. A escolha dos bispos da ilha coincidiu com Holguín, a terceira província do país por número de habitantes. Situada no sul, não distante de Santiago, terceira e última etapa de Francisco. A unir os dois centros a devoção à Virgem da Caridade do Cobre, cuja imagem foi encontrada em 1612 por três índios que estavam numa embarcação nas águas que banham o litoral. Texto de Gaetano Vallini

Homilía del Papa Francisco en Holguín: “Estén siempre atentos”

Deseo dirigir ahora la mirada a la Virgen María, Virgen de la Caridad del Cobre, a quien Cuba acogió en sus brazos y le abrió sus puertas para siempre, expresó el Papa Francisco en la Misa en Holguín…

Celebramos la fiesta del apóstol y evangelista san Mateo. Celebramos la historia de una conversión. Él mismo, en su evangelio, nos cuenta cómo fue el encuentro que marcó su vida, él nos introduce en un «juego de miradas» que es capaz de transformar la historia.

Un día, como otro cualquiera, mientras estaba sentado a la mesa de la recaudación de los impuestos, Jesús pasaba y lo vio, se acercó y le dijo: «“Sígueme”. Y él, levantándose, lo siguió».

Jesús lo miró. Qué fuerza de amor tuvo la mirada de Jesús para movilizar a Mateo como lo hizo; qué fuerza han de haber tenido esos ojos para levantarlo. Sabemos que Mateo era un publicano, es decir, recaudaba impuestos de los judíos para dárselo a los romanos. Los publicanos eran mal vistos e incluso considerados pecadores, por lo que vivían apartados y despreciados por los demás. Con ellos no se podía comer, ni hablar, ni orar. Eran traidores para el pueblo: le sacaban a su gente para dárselo a otros. Los publicanos pertenecían a esta categoría social.

En cambio, Jesús se detuvo, no pasó de largo precipitadamente, lo miró sin prisa, con paz. Lo miró con ojos de misericordia; lo miró como nadie lo había mirado antes. Y esta mirada abrió su corazón, lo hizo libre, lo sanó, le dio una esperanza, una nueva vida como a Zaqueo, a Bartimeo, a María Magdalena, a Pedro y también a cada uno de nosotros. Aunque no nos atrevamos a levantar los ojos al Señor, Él nos mira primero. Es nuestra historia personal; al igual que muchos otros, cada uno de nosotros puede decir: yo también soy un pecador en el que Jesús puso su mirada. Invito a que en sus casas, o en la iglesia, hagan un momento de silencio para recordar con gratitud y alegría aquellas circunstancias, aquel momento en que la mirada misericordiosa de Dios se posó en nuestra vida.

Su amor nos precede, su mirada se adelanta a nuestra necesidad. Él sabe ver más allá de las apariencias, más allá del pecado, del fracaso o de la indignidad. Sabe ver más allá de la categoría social a la que podemos pertenecer. Él ve más allá esa dignidad de hijo, tal vez ensuciada por el pecado, pero siempre presente en el fondo de nuestra alma. Él ha venido precisamente a buscar a todos aquellos que se sienten indignos de Dios, indignos de los demás. Dejémonos mirar por Jesús, dejemos que su mirada recorra nuestras calles, dejemos que su mirada nos devuelva la alegría, la esperanza.

Después de mirarlo con misericordia, el Señor le dijo a Mateo: «Sígueme». Y él se levantó y lo siguió. Después de la mirada, la palabra de Jesús. Tras el amor, la misión. Mateo ya no es el mismo; interiormente ha cambiado. El encuentro con Jesús, con su amor misericordioso, lo ha transformado. Y atrás queda el banco de los impuestos, el dinero, su exclusión. Antes él esperaba sentado para recaudar, para sacarle a otros, ahora con Jesús tiene que levantarse para dar, para entregar, para entregarse a los demás. Jesús lo miró y Mateo encontró la alegría en el servicio. Para Mateo, y para todo el que sintió la mirada de Jesús, sus conciudadanos no son aquellos a los que «se vive», se usa y se abusa. La mirada de Jesús genera una actividad misionera, de servicio, de entrega. Su amor cura nuestras miopías y nos estimula a mirar más allá, a no quedarnos en las apariencias o en lo políticamente correcto.

Jesús va delante, nos precede, abre el camino y nos invita a seguirlo. Nos invita a ir lentamente superando nuestros preconceptos, nuestras resistencias al cambio de los demás e incluso de nosotros mismos. Nos desafía día a día con la pregunta: ¿Crees? ¿Crees que es posible que un recaudador se transforme en servidor? ¿Crees que es posible que un traidor se vuelva un amigo? ¿Crees que es posible que el hijo de un carpintero sea el Hijo de Dios? Su mirada transforma nuestras miradas, su corazón transforma nuestro corazón. Dios es Padre que busca la salvación de todos sus hijos.

Dejémonos mirar por el Señor en la oración, en la Eucaristía, en la Confesión, en nuestros hermanos, especialmente en los que se sienten dejados, más solos. Y aprendamos a mirar como Él nos mira. Compartamos su ternura y su misericordia con los enfermos, los presos, los ancianos o las familias en dificultad. Una y otra vez somos llamados a aprender de Jesús que mira siempre lo más auténtico que vive en cada persona, que es precisamente la imagen de su Padre.

Sé con qué esfuerzo y sacrificio la Iglesia en Cuba trabaja para llevar a todos, aun en los sitios más apartados, la palabra y la presencia de Cristo. Una mención especial merecen las llamadas «casas de misión» que, ante la escasez de templos y de sacerdotes, permiten a tantas personas poder tener un espacio de oración, de escucha de la Palabra, de catequesis y vida de comunidad. Son pequeños signos de la presencia de Dios en nuestros barrios y una ayuda cotidiana para hacer vivas las palabras del apóstol Pablo: «Les ruego que anden como pide la vocación a la que han sido convocados. Sean siempre humildes y amables, sean comprensivos, sobrellevándose mutuamente con amor; esfuércense en mantener la unidad del Espíritu con el vínculo de la paz» (Ef 4,2).

Deseo dirigir ahora la mirada a la Virgen María, Virgen de la Caridad del Cobre, a quien Cuba acogió en sus brazos y le abrió sus puertas para siempre, y le pido que mantenga sobre todos y cada uno de los hijos de esta noble nación su mirada maternal y que esos «sus ojos misericordiosos» estén siempre atentos a cada uno de ustedes, sus hogares, familias, a las personas que puedan estar sintiendo que para ellos no hay lugar. Que ella nos guarde a todos como cuidó a Jesús en su amor.

Papa sobre imigrantes: expulsá-los é um ato de guerra

Cidade do Vaticano (RV) – Tensões e conflitos se resolvem com o ‘diálogo’ e o ‘respeito das identidades’. Rejeitar os imigrantes Rohingya, de religião muçulmana, é ‘guerra, significa matar’. Essa foi uma das respostas do Papa Francisco ao participantes do encontro do Movimento Eucarístico Jovem da última sexta-feira (7), no Vaticano. Entre perguntas e respostas, o Papa falou por cerca de 40 minutos também da necessidade de reconhecer a verdadeira paz, contra a paz ‘superficial’ que vem do diabo, um mal pagador que te enrola’.

ANSA770998_LancioGrande emigrantes

O Papa, ao fazer referência à situação dos irmãos Rohingya, disse para se refletir sobre lá onde ‘se respira uma grande diversidade de culturas’. Os Rohingya fogem de onde não conseguem ter a cidadania e nem os direitos fundamentais garantidos. Só na última semana, no Mediterrâneo, foram salvos mais de 2 mil imigrantes, enquanto que na terça-feira (4) da semana passada, 26 foram encontrados mortos e 200 desaparecidos num naufrágio na costa líbica.

“Pensemos àqueles nossos irmãos de Rohingya: foram expulsos de um país e de um outro e de um outro, e vão para o mar… Quando chegam num porto ou numa praia, lhes dão água e alguma coisa pra comer e os expulsam ao mar. Esse é um conflito não resolvido e isso é guerra, isso se chama violência, chama-se matar.”

O Papa também observou que inclusive os conflitos podem nos fazer bem, porque nos fazem entender as diferenças, entender como são as coisas diversas e entender que, se não encontrarmos uma solução que resolva esse conflito, será uma vida de guerra.

“Sobre o tema dos imigrantes e da acolhida, estamos em pleno acordo com a denúncia expressa do Papa Francisco”, disse o Padre Eugenio Bernardini, moderador da Tavola Valdese, depois do apelo do Santo Padre sobre os ‘atos de guerra e de violência homicida’. Ele lembra também que “com a Igreja católica e a Cáritas, desenvolvemos tantas ações de socorro, ajuda e hospitalidade aos migrantes e aos imigrantes, de Lampedusa a Ventimiglia. Não se trata apenas de lançar denúncias, mas de agir concretamente dando o exemplo, até que a Itália e, mais em geral, a Europa deem uma resposta válida e concreta pra esse problema”.

O porta-voz do Centro Italiano de Refugiados, Christopher Hein, considerou “muito importantes as palavras” de Francisco. E acrescentou que “a voz do Papa é importantíssima em toda essa história de respeito ao direito de abrigo e refúgio necessário. A resistência já foi condenada pela Corte Europeia dos direitos do homem, mas vemos essa atitude um pouco em toda a Europa. Invés de aceitar e acolher”, conclui o porta-voz, “erguem-se muros e é expressamente proibido no direito internacional”.

Em plena harmonia com Francisco também está o fundador da União Comunidades Islâmicas Italianas (Ucoii), Roberto Piccardo: com o Papa, “temos uma total solidariedade e uma absoluta comunidade de intenções e de sentimentos”.

Segundo o arcebispo de Florença, Cardeal Giuseppe Betori, abordando o tema da imigração, “trata-se de não limitar os espaços do coração, e nem secar a raiz da fé que alimenta os gestos de caridade”. Uma orientação, enaltece o cardeal, que “deve animar também a acolhida a homens, mulheres e crianças que, imigrantes, se abrigam entre nós, distanciando-se das guerras, da fome, das condições desumanas de vida”.

Essas palavras foram pronunciadas por Dom Betori durante a homilia na Basílica de São Lourenço, que acrescentou: “São todos para acolher como irmãos, porque em cada um deles devemos reconhecer a dignidade de uma pessoa humana”. (AC/Adnkronos)

(from Vatican Radio)

El guaraní y la droga de Bergoglio

Pese a la agotadora agenda que desarrolló durante ocho días por tierras latinoamericanas Jorge Bergoglio, el papa Francisco, todavía tuvo ánimos para mostrarse bromista en la conferencia de prensa que brindó en el avión que lo llevaba a Roma, apenas unos minutos después de despegar del aeropuerto Silvio Pettirossi de Asunción.

 

El papa Francisco llegó al aeropuerto romano de Ciampino de regreso del viaje que comenzó el pasado 5 de julio y que le llevó de gira por Ecuador, Bolivia y Paraguay. | Foto: EFE

El papa Francisco llegó al aeropuerto romano de Ciampino de regreso del viaje que comenzó el pasado 5 de julio y que le llevó de gira por Ecuador, Bolivia y Paraguay. | Foto: EFE

por Luis Bareiro/ Vuelo papal, desde Roma

Cuando se le preguntó cómo hacía para tener fuerzas aún, Bergoglio, con una carcajada explosiva preguntó: “Ah, ¿quieren saber cuál es la droga?”, lo que por supuesto desató una risotada general entre los periodistas, convirtiendo la conferencia en una charla informal entre agotados compañeros de viaje. Aunque, por supuesto, no reveló su secreto.

Conviene recordar que en apenas una semana, Bergoglio, de 78 años, hizo un periplo pasando del fresco de la ciudad de Quito a un calor de 35 grados en Guayaquil y un sol que se precipitaba verticalmente sobre las cabeza de los fieles, a una temperatura de 4 o 5 grados, y unos vientos glaciares que bajaban de los altos picos nevados en la Paz y en El Alto, el aeropuerto boliviano montado a más de cuatro mil metros sobre el nivel del mar.

Completó la jornada con una ventosa Santacruz de la Sierra y un calor húmedo en Paraguay, ajenos a las previsiones de frío que traía la comitiva del Santo Padre de la Iglesia católica. En cada país mantuvo hasta cinco eventos por día, iniciando cada jornada a las cuatro y media de la mañana.

El Guaraní. Aparentemente, Francisco quedó encantado con la lengua que hace del paraguayo un ciudadano singular. Cuando le explicaron que la ronda de preguntas sería una por país visitado y otra por idiomas, dijo muy serio: “Bueno, empecemos con el guaraní”. Y cuando quien preguntó fue el periodista del sector de los italo-parlantes, volvió a insistir en que la respuesta la quería dar en guaraní.

En otro momento de la conversación, Bergoglio habló de la necesidad de saber interpretar los discursos, respetando el contexto total de lo que se expone y el momento y el lugar donde se desarrolla. Dijo que a veces una frase puede ser el corazón del discurso y a veces solo un agregado.

Un agotado pero siempre sonriente Jorge Bergoglio saludó por última vez y se metió tras la cortina de la zona de protección de Alitalia y ya no lo volvimos a ver, pero su carcajada final todavía retumbaba en la cabina. Se fue con su secreto. ¿Cuál será la droga?

.

fue con su secreto. ¿Cuál será la droga?

Sostiene Francisco

por Atilio A. Boron

Talal Nayer

Talal Nayer

Después del discurso de Francisco ante el Encuentro de Movimientos Sociales no tardaron en surgir voces advirtiendo que sus palabras no debían tomarse en serio habida cuenta de la larga historia de la Iglesia como guardiana del orden capitalista y responsable de incontables crímenes. Se imponía la incredulidad e, inclusive, una vigilancia militante para evitar que el mensaje papal frustrase el ansiado desarrollo de la conciencia crítica de los pueblos oprimidos.

Discrepo de esas opiniones. Es más: creo que éste no es un tema que debería preocuparnos. Desde el punto de vista de la construcción de un bloque histórico anticapitalista – aunque no desde la abstracción de un juicio ético – el hecho de que Francisco crea o no en su propio discurso es irrelevante y no tiene sentido discutir aquí. Lo que sí interesa es que esas palabras fueron vertidas en una importante reunión de líderes y dirigentes sociales latinoamericanos y que alcanzaron de inmediato una impresionante resonancia mundial.

Que el Papa diga que el capitalismo es un sistema agotado, que ya no se lo aguanta más, que el ajuste siempre se hace a costa de los pobres, que no existe tal cosa como el derrame de la riqueza de la copa de los ricos, que destruye la casa común y condena a la Madre Tierra, que los monopolios son una desgracia, que el capital y el dinero son “el estiércol del demonio”, que se debe velar por el futuro de la Patria Grande y estar en guardia ante las viejas y nuevas formas de colonialismo, entre tantas otras afirmaciones, tiene efectos políticos objetivamente de izquierda que son de una importancia extraordinaria.

Claro, todo esto ya lo habían dicho Fidel, el Che, Camilo, Evo, Correa, Chávez y tantos otros en la teología de la liberación y el pensamiento crítico de Nuestra América. Pero sus juicios eran siempre puestos bajo sospecha y toda la industria cultural del capitalismo se abalanzaba sobre ellos para burlarse de sus certidumbres, descalificándolas como productos de un anacrónico radicalismo decimonónico.

Los tecnócratas al servicio del capital y los “biempensantes” posmodernos decían que aquellos nostálgicos no comprendían que los tiempos del Manifiesto Comunista habían pasado, que la revolución era una peligrosa ilusión sin porvenir, y que el capitalismo había triunfado inapelablemente. Pero ahora resulta que quien lo cuestiona radicalmente, con un lenguaje llano y rotundo, es Francisco y entonces ese discurso adquiere una súbita e inédita legitimidad, y su impacto sobre la conciencia popular es incomparablemente mayor. Con sus palabras se abrió, por primera vez en mucho tiempo, un espacio enorme para avanzar en la construcción de un discurso anticapitalista con arraigo de masas, algo que hasta ahora había sido una empresa destinada a ser neutralizada por la ideología dominante que difundía la creencia de que el capitalismo era la única forma sensata – ¡y posible! – de organización económica y social. Ya no más.

El histórico discurso de Francisco en Bolivia instaló en el imaginario público la idea de que el capitalismo es un sistema inhumano, injusto, predatorio, que debe ser superado mediante un cambio estructural y que, por eso, no hay que temerle a la palabra revolución. Dejemos que filósofos, teólogos y psicólogos se entretengan en discutir si Francisco cree o no en lo que dijo. Lo importante, lo decisivo, es que gracias a sus palabras estamos en mejores condiciones para librar la batalla de ideas que convenza a todas las clases y capas oprimidas, a las principales víctimas del sistema, que hay que acabar con el capitalismo antes que ese infame sistema acabe con la humanidad y la Madre Tierra.

.

Papa Francisco: “El desarrollo económico tiene que tener rostro humano. No a la economía sin rostro”

py_ultimahora. paraguai corrupção

povo espera papa 3

povo espera papa 2

povo espera papa 1

Papa multidão

fuerte-discurso-sorpresas-y-emocion-segundo-dia-del-papa

La cita con la sociedad civil este sábado en el estadio León Condou dejó las frases más enérgicas del papa Francisco, pero también dejó consejos para todos los sectores de la sociedad.

“Cada uno dice su identidad, no negocia su identidad”.

“La patria primero y después mi negocio”

“La diversidad no solo es buena, es necesaria. La uniformidad nos anula y nos hace autómatas. La riqueza de la vida está en la diversidad”

“No tenemos que temer el conflicto e ignorar. Si no asumimos el conflicto, no podemos dialogar mucho”.

“Esto significa sufrir el conflicto, resolverlo y transformarlo en el eslabón de un nuevo proceso”.

“La unidad es superior al conflicto. El conflicto existe, hay que procurar resolverlo con miras a una unidad y no con miras a la uniformidad”.

Ideologías

“Las ideologías terminan en dictaduras. Piensan por el pueblo y no dejan pensar al pueblo”.

“Todo con el pueblo, pero nada por el pueblo”.

Sobre los pobres

“Los pobres tienen mucho que enseñarnos, en humanidad, bondad y sacrificio. En ellos vemos el rostro y la carne de cristo”.

“Los pobres son la carne de Cristo”.

“Cuando da la limosna al pobre, ¿toca al pobre?, ¿lo mira a los ojos? Si no, es despreciar a los pobres”.

“Respetar al pobre, no usarlo como objeto para lavar nuestras culpas”.

“Aprender de los pobres, con lo valores que tienen”.

Desarrollo económico

“El desarrollo económico tiene que tener rostro humano. No a la economía sin rostro”.

“Lo primero es siempre la persona”.

“Una sociedad humana es posible” (siguiendo la experiencia de las Reducciones Jesuíticas).

“Una economía en función de la persona y no del dinero”

Cultura y corrupción

“El ñandutí es cultura del pueblo, por poner un ejemplo”

“Para que haya una verdadera cultura del bien político, (debe haber) juicios nítidos y claros”

“El chantaje siempre es corrupción. Si hacés esto, te vamos a hacer esto”.

“La corrupción es la polilla y la gangrena de un pueblo”.

“Si chantajean, no sirve para nada”.

“Amén a su patria, a sus conciudadanos y a los pobres. Así serán testimonio de que un modelo de desarrollo distinto es posible”.

Francisco es un Papa más humano

Por Milda Rivarola/ Extra/ Paraguai

Papa Francisco en el León Condou. Foto: AFP

Papa Francisco en el León Condou. Foto: AFP

El papa Francisco es bueno y místico, se parece a varios ortodoxos, como al papa Juan XXIII que revolucionó en su época. Volvió a las raíces sociales de la Iglesia Católica. El Papa es distinto, pero Paraguay sigue siendo lo mismo desde la venida del papa Juan Pablo II, aunque cambió en las libertades de las personas.

El Sumo Pontífice es un ser preocupado por los pobres, campesinos y por sobre todo, por la deforestación del planeta y por la reforma interna de la Iglesia. Responde a la ideología de la liberación y es tradicionalista, sin tener nada que ver eso con sus raíces latinas. Cuando dijo que la mujer paraguaya es la mejor de todas lo dijo solo por galantería, aunque desde la Guerra de la Triple Alianza se dice que Paraguay es tierra de mujeres.

La reacción de la clase política no se puede apreciar ahora, los cambios se notará después del discurso del Papa. Él (Santo Padre) no tiene poder político, solo es representante de Dios en la Tierra para los católicos pero, de igual manera, maneja cambios en la sociedad. A Bergoglio le siguen los pobres y él sigue a ellos, es un Papa mas humano.

Por otro lado, se volvió un boom mediático para todos por la facilidad de los medios de comunicación que existe en la actualidad, cosa que no existía cuando vino Juan Pablo II, en el año 1988. No soy católica pero puedo decir que este Papa quedará en la historia por su carisma y su misticismo que cautiva.

.

Papa Francisco: Que no haya “ninguna familia sin vivienda, ningún campesino sin tierra, ningún trabajador sin derechos, ningún pueblo sin soberanía, ninguna persona sin dignidad, ningún niño sin infancia, ningún joven sin posibilidades, ningún anciano sin una venerable vejez”

“Alguno podrá decir, con derecho, que cuando el Papa habla del colonialismo se olvida de ciertas acciones de la Iglesia. Les digo, con pesar: se han cometido muchos y graves pecados contra los pueblos originarios de América en nombre de Dios”.

bo_razon. perdão

Francisco pide perdón por crímenes de la Iglesia Católica

El Pontífice pidió a la Iglesia que se postre ante Dios e implore perdón por pecados

por Guiomara Calle / La Razón/  Santa Cruz

El papa Francisco pidió ayer “humildemente perdón” por las ofensas de la Iglesia Católica y por los crímenes contra los pueblos originarios, durante la denominada conquista a América. La actitud desató aplausos entre los participantes del II Encuentro Mundial de Movimientos Sociales y Populares.

“Alguno podrá decir, con derecho, que cuando el Papa habla del colonialismo se olvida de ciertas acciones de la Iglesia. Les digo, con pesar: se han cometido muchos y graves pecados contra los pueblos originarios de América en nombre de Dios. Lo han reconocido mis antecesores, lo ha dicho el Celam (Consejo Episcopal Latinoamericano) y también quiero decirlo yo”, expresó el Pontífice.Agregó que, al igual que San Juan Pablo II, él también pide que la Iglesia “se postre ante Dios e implore perdón por los pecados pasados y presentes”.

“Y quiero decirles, quiero ser muy claro, como lo fue san Juan Pablo II: pido humildemente perdón, no solo por las ofensas de la propia Iglesia sino por los crímenes contra los pueblos originarios durante la llamada conquista de América”, enfatizó.

Al concluir esas palabras comenzó una ola de aplausos de los delegados de sectores sociales reunidos en el II Encuentro Mundial de Movimientos Sociales, realizado del 7 al 9 de julio en la ciudad de Santa Cruz, para debatir sobre la Madre Tierra, techo, trabajo e integración de los pueblos. La intervención del Papa fue parte del cierre del evento.

“Francisco es diferente a otros papas, es espiritual y tiene una posición acorde a nuestra realidad, la realidad de los que más necesitamos ayuda: los pobres”, manifestó Víctor Lera, delegado de las federaciones de juntas vecinales de Santa Cruz.

El Santo Padre también pidió a todos, creyentes y no creyentes, que se acuerden de obispos, sacerdotes y laicos que predicaron y predican la buena noticia de Jesús y que en su paso por esta vida dejaron conmovedoras obras de promoción humana y de amor, muchas veces junto a los pueblos indígenas o acompañando a los propios movimientos populares.

“La Iglesia, sus hijos e hijas, son una parte de la identidad de los pueblos en Latinoamérica. Identidad que tanto aquí como en otros países algunos poderes se empeñan en borrar, tal vez porque nuestra fe es revolucionaria, porque nuestra fe desafía la tiranía del ídolo dinero”, mencionó el Papa. El líder de la Iglesia Católica llegó al país el miércoles y concluye hoy su visita con un encuentro con los reos de Palmasola, a las 09.30, y una reunión con los obispos de Bolivia, a las 11.00.

“A los hermanos y hermanas del movimiento indígena latinoamericano déjenme trasmitirle mi más hondo cariño y felicitarlos por buscar la conjunción de sus pueblos y culturas, eso que yo llamo poliedro, una forma de convivencia donde las partes conservan su identidad construyendo juntas una pluralidad que no atenta, sino que fortalece la unidad”, dijo Francisco.

Pidió expresar juntos, desde el corazón, para que no haya “ninguna familia sin vivienda, ningún campesino sin tierra, ningún trabajador sin derechos, ningún pueblo sin soberanía, ninguna persona sin dignidad, ningún niño sin infancia, ningún joven sin posibilidades, ningún anciano sin una venerable vejez”. “Sigan con su lucha y, por favor, cuiden mucho a la Madre Tierra”.

Durante su intervención, el primer Papa latinoamericano resaltó su buen humor y matizó sus dichos con frases directas y ocurrentes, que fueron saludadas por el auditorio con risas, aplausos y signos de aprobación. “Pido que recen por mí y si alguno de ustedes no puede, con todo respeto le pido que me piense bien y me mande buena onda”.

Acto. Evo Morales coloca el sombrero de sao al Santo Padre. Wara Vargas

Acto. Evo Morales coloca el sombrero de sao al Santo Padre. Wara Vargas

El papa de la región

Perfil

Jorge Mario Bergoglio nació en Buenos Aires, Argentina, el 17 de diciembre de 1936. Tras la renuncia al cargo de Benedicto XVI, fue elegido como Papa el 13 de marzo de 2013, en la quinta votación. El carisma, la humildad y la sencillez son características que le destacan sus cercanos.

.

Tareas que encomienda el Papa

por Miriam Chávez

Poner la economía al servicio de los pueblos, unirlos en el camino de la paz y la justicia y defender a la Madre Tierra fueron las tres tareas fundamentales que el papa Francisco encomendó ayer a los bolivianos para alcanzar una mejor comunión y convivencia entre hermanos y pueblos.

“Queremos un cambio que se enriquezca con el trabajo mancomunado de los gobiernos, los movimientos populares y otras fuerzas sociales”, dijo el Santo Padre durante su discurso en el Segundo Congreso de Movimientos Populares realizado en la Fexpocruz, en el que también participó el jefe del Estado, Evo Morales.

Agregó que ni la Iglesia Católica ni él tienen la propuesta de soluciones a los problemas contemporáneos que atraviesan los pueblos y, al contrario, apuntó que “el futuro de la humanidad está fundamentalmente en manos de los pueblos”, que deben construir sus propios destinos.

Francisco, precisó que la tarea más importante de las tres es la defensa a la Madre Tierra. “ La casa común de todos nosotros está siendo saqueada, devastada, vejada impunemente. Yo les pido, en nombre de Dios, que la defiendan”. Al finalizar pidió a los fieles católicos no alejarse del camino del Creador.