Memórias fotográficas do jornalista Vlademir Barbosa da Costa

Wlademir

 

Estava acontecendo uma assembléia de um movimento da classe jornalística, no auditório da OAB. Naquela época, o sindicato dos jornalistas tinha uma atuação que incomodava os donos de veículos de comunicação. Na mesa principal estava a jornalista e deputada federal Cristina Tavares. Ela saiu da bancada e sentou ao meu lado. Cristina me convidou para fazermos um livro com Miguel Arraes. Nesse tempo, ele estava exilado na Argélia, sonhando com a anistia e com a candidatura ao Governo do Estado.

Com a chegada de Arraes ao Rio de Janeiro, logo após a anistia, fui cobrir a chegada dele no aeroporto, justamente, para começar a preparar o material para ilustrar o livro. Cheguei a fazer umas 500 fotos desse evento. Lá, Arraes fez um discurso para uma platéia bem numerosa. Estavam na ocasião Jarbas Vasconcelos, que era presidente do MDB, e o deputado estadual (que tinha, diga-se de passagem, uma ligação muito forte com Jarbas, pareciam unha e carne), Edgar Moury Fernandes. Naturalmente, havia outros políticos pernambucanos e de outros estados, principalmente, do Rio de Janeiro, mas não lembro agora. Nessa época, eu estava mais ligado a Jarbas.

Em seguida, Arraes veio pra o Recife, onde fez um grande comício no pátio da feira de Santo Amaro, certo de que seria indicado a candidato ao governo pelo partido MDB. Foi aí que Jarbas, como presidente do partido, optou pelo senador Marcos Freire. Arraes, então, se viu  atropelado por Jarbas. Se não me falha a memória, isto foi em 1979, ano da Anistia.

***

Quando o ex-senador Marcos Freire disputou a eleição contra Roberto Magalhães parecia uma eleição fácil para Marcos Freire. Mas, não foi: nesta época, existia o voto vinculado. Para quem não sabe, o voto vinculado tinha como princípio a amizade. Por exemplo, se você tinha um vínculo com algum político de um partido, você era obrigado a dar o seu voto para os demais membros do mesmo partido.

No Interior, esse tipo de relação era muito comum, visto que lá, a ligação dos moradores é mais estreita com o prefeito da cidade, com os deputados federal e estadual votados no município e os vereadores, que vão para a mesa de bar com a comunidade. Esse tipo de relação, no entanto, não tinha peso na capital e região metropolitana. Ou seja, o que derrotou o candidato Marcos Freire foi nada mais, nada menos que o voto vinculado.

Lembro que na época, um japonês, que se dizia matemático, previu que os votos da Capital e RMR teriam um peso maior que os do Interior. Não foi o que aconteceu. Dizem que esse tipo de voto foi criado pelo ex-governador Marco Maciel.

***

Vou contar uma historinha de 20 anos atrás que aconteceu entre eu e o ex-governador Eduardo Campos:

Quando Miguel Arraes ganhou a terceira eleição para o Governo do Estado, estavam sentados eu, Eduardo Campos e um deputado em uma mesa no palácio das princesas. Eduardo estava com uma relação de mais de cem cargos de segundo e terceiro escalão para ver onde me encaixaria. Na ocasião, eu falei que Arraes, quando fosse disputar a próxima eleição, perderia para Jarbas. Como, na época, Eduardo Campos odiava Jarbas, ele ficou com muita raiva de mim. Eu entendi no momento, que pela pouca idade dele, faltou maturidade em entender o que eu falei.

Nesta quarta-feira de Cinzas, de 2015, cheguei à conclusão de que fui inconveniente. O deputado que defendia um lugar para mim no governo me falou, em particular: “Você precisava dizer isto?”. Resultado: não ganhei o emprego. Eduardo e o deputado, que me defendia, ficaram putos da vida comigo. Se não me falha a memória, quem disputou essa eleição com Arraes foi o ex-governador Gustavo Krause, que entrou só para cumprir tabela, já que Arraes naquela eleição era imbatível. Jarbas seria o candidato natural, mas correu da parada porque sabia que levaria uma lavagem. Ele já estava aliado ao PFL.

Vejam como é a política: Jarbas, que teria levado uma lavagem naquela ocasião, quatro anos depois ganhou a eleição contra Arraes, com uma grande diferença de votos – o que confirmou o que eu tinha dito a Eduardo Campos quatro anos atrás. Já como governador, Eduardo Campos se dirigiu a mim na igreja de Casa Forte com um sorriso largo.

***

Não sou cientista político nem tenho bola de cristal. Mas, Priscila Krause deveria disputar a Prefeitura do Recife. Faço a maior fé nela. Tem se colocado muito bem e foi uma candidata que, mesmo o seu partido tendo estado na coligação de Paulo Câmara, não aceitou participar do programa eleitoral. Uma coisa que todo político briga e paga caro para estar. Ela vai longe. Será a prefeita do Recife e governadora do Estado. Sei que política é algo muito dinâmico, mas ela está caminhando de forma muito competente. Disputando a prefeitura agora, perdendo ela terá uma eleição tranquila para deputada federal na próxima disputa. Este quadro que estou apresentando pode durar 20 anos para acontecer, mas quem viver, verá.

***

Da forma que Letícia Lins foi apresentada ao leitor, tenho certeza de que João Carlos tem planos para ela. Apesar de Letícia ser “das antigas”, ela chega com sangue novo. Acredito que tenha sido coisa de Lúcia Pontes. Tenho informação que Letícia e Adriana Dória foram excelentes produtoras na TV Globo Nordeste. Aproveito para lembrar alguns nomes que, no meu entendimento, deveriam voltar ao batente: além de Adriana Dória, Renata Reinaldo (que eu chamo carinhosamente de “prioridade 1”), Pedro Moura, Ciro Carlos Rocha, Marco Polo, Lenivaldo Aragão, Celso Calheiros, Divane Carvalho, Homero Fonseca e Marcos Cirano, entre outros tantos que não me vem à memória. Não se deve desprezar a experiência.

Aproveito para mandar um recado direto para Letícia:
Mulher, pensei que você tinha trabalhado de dez a 15 anos no Jornal do Commercio. Lembro demais de você na redação, na época em que eu trabalhei lá. Também acompanhei o período que você trabalhou no Jornal do Brasil. Finalmente, estão valorizando a sua competência. Parabéns. Só não vou desejar sucesso porque é fácil falar do óbvio. É questão de tempo.

***

Tenho uma frustração enorme em relação ao Jornal do Commercio. Teve um período que eu tinha um prestígio muito grande com o diretor-administrativo financeiro, Sergio Moury Fernandes. Em uma ocasião, eu falei para ele na redação que João Carlos deveria pegar a oficina do jornal, incluindo a rotativa, que era uma coisa belíssima da idade da pedra, e fazer um museu. Este museu, no meu entendimento, seria um grande galpão com paredes de vidro, onde está instalado hoje o JC. Porque seria uma forma de João Carlos mostrar como encontrou o jornal. Era algo primitivo, porém, fantástico.

Mas, retomando o assunto, quando dei essa sugestão a Sergio Moury, que tinha uma ligação direta com João Carlos Paes Mendonça, Sergio chegou para mim e disse que minha idéia tinha sido aprovada. Fiquei feliz da vida. Hoje tenho certeza de que João Carlos não adotou a idéia porque não imaginava que o jornal chegaria ao estágio que chegou. Já imaginou João Carlos mostrando o jornal que ele comprou? Assisti tudo isso sendo cortado aos pedaços para vender no peso e só faltei morrer do coração com a falta de sensibilidade. Afinal, estava sendo destruída uma história.

 

Trechos da página de Vlademir Barbosa da Costa

 

Dona Marina, “aprendendo” com o parceiro governador

por Helio Fernandes
nani3 dilma marina eleição
Foi senadora por oito (8) anos, ninguém lembra de um aparte, discurso, projeto apresentado por ela. Ministra do Meio Ambiente, os “verdes” não avançaram milímetros no caminho ou na direção do objetivo, que estava implícito e explícito na identidade do partido. A aliança com Eduardo Campos era tão extravagante, absurda, descaracterizada antes e depois de anunciada, que mesmo os políticos mais notórios, notificados da união, não acreditaram.
.
Marina-Campos, a dupla quem-quem 
Parecia o Duque de Caxias. Já velho e sem ouvir nada. Soube da composição do novo ministério, de viva voz, por ordem do próprio Imperador. Tinha tanta gente desconhecida, que a cada nome, perguntava: “Quem? Quem?”.
Ficou na História, como o “ministério quem-quem”. Dona Marina e Campos, juntos, a dupla quem-quem, que nem as pesquisas registram. Campos não chega aos dois dígitos. A ex-senadora e ex-Ministra, vem a público falar: “Eu e Campos não vamos compactuar com coisas ruins. Vamos apoiar as coisas boas para o Brasil”.
Dilma e Campos nem precisam cobrar nada. Estão usando o maior lugar comum, pronunciado.
.
Presidenciável sem presidência
Eduardo Campos abriu a campanha eleitoral, um ano antes de outubro deste 2014, declarando a Dona Dilma, que estava ao seu lado: “Confidencialmente vou lhe dizer, sou candidato ao Planalto em 2014”. Estávamos em 2013.
Era tão ligado a Dona Dilma, servo, submisso e subserviente, que a audácia mas também a intimidade permitiram o pedido: “Isso é sigiloso, fica entre nós dois”. No mesmo dia Dona Dilma revelou (agora se diz, “vazou”) tudo aos órgãos de comunicação. Tinha todo o direito.
.
De aliado a contestador
O governador de Pernambuco não “acusou o golpe” (que palavra), permaneceu apoiando o governo, ocupando e se aproveitando dos cargos. Acredita que absorveu Dona Marina, rompeu com Dona Dilma. Sem o menor constrangimento, fixou a base do seu oportunismo: “O Brasil precisa do novo”. Precisa mesmo.
Mas dele e dos apaniguados, ex-aliados, saem os maiores retrocessos. Nenhum plano, projeto, promessa de campanha. Campos chama de NOVO: Ele mesmo, Marina, Aécio.  De novo porque disputam a presidência pela primeira vez? Se é que confirmarão a ambição, a obsessão, a obstinação, mesmo ou principalmente sem votos.
.
Campos repetindo e copiando este repórter
Já tenho dito e repetido várias vezes, com total sinceridade e isenção: “O Brasil não aguenta mais 4 anos do PT e Dona Dilma. Mas o que esperar de suposto governo de Campos, Marina ou Aécio?”.
O governador, sem projeto e sem convicção, repete as três primeiras linhas do meu desalento, mas esconde o também desalento do repórter.

COISA TÁ FEIA EM SUAPE

por Leandro Mazzini

 

Acabaram os estoques de formulários de Seguro-desemprego em papelarias do grande Recife. Milhares de operários estão sendo demitidos das obras do porto de Suape.

Desaleração: Queda de de quase 50 por cento na criação de novos empregos

Pernambuco tem pior resultado em dez anos. Queda na criação de postos de trabalho foi de 46,29%, enquanto redução nacional foi de 14,8%. Fonte Diário de Pernambuco

Pernambuco fechou o ano de 2013 com queda de 46,29% na quantidade de postos de trabalho. Foi o pior resultado dos últimos dez anos e o índice ficou bem abaixo do nacional, quando a queda foi de 14,8%. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregos), divulgados pelo Ministério do Trabalho.

2014 e 2015, as dispensas, que já acontecem e trazem demandas ao MPT, estarão no ápice, considerando o andamento das obras

Foto Guba Matos. JC

Foto Guba Matos. JC

Dentro dos próximos dois anos, a Petrobras terá que dispensar cerca de 42 mil trabalhadores que estão ligados à construção da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Portuário de Suape. Fonte Jornal do Comércio.

Entre 2014 e 2015, as dispensas, que já acontecem e trazem demandas ao MPT, estarão no ápice, considerando o andamento das obras.

Dentre os principais problemas a serem discutidos pelo MTP, está a observância do cumprimento da legislação trabalhista no momento da rescisão dos contratos de trabalho. O MPT já tem recebido denúncias de trabalhadores que estariam sendo dispensados sem os valores devidos.

Também está entre as prioridades do MPT,  tratar de como especificamente está sendo pensada a desmobilização de um ponto mais amplo, que tem relação de como ficará o entorno da região, de como as cidades vizinhas se manterão economicamente, quais as políticas de emprego voltadas para os trabalhadores que hoje estão lá.

É o maior processo de desmobilização do país desde o fim da construção de Brasília.O Complexo Portuário e Industrial de Suape, em Pernambuco, um dos maiores pólos econômicos geradores de emprego do Nordeste, está começando a promover o segundo maior processo de demissão em massa da história do Brasil, extinguindo cerca de 67 mil vagas de emprego formal até 2016, segundo dados de um levantamento realizado pelo governo pernambucano.

O número de trabalhadores que ficarão desempregados na região só é inferior ao registrado durante o processo de desmobilização promovido em Brasília, após a conclusão das obras de construção da capital federal há 53 anos, que deixou 70 mil trabalhadores sem emprego. Fonte: Brasil Econômico.

Para Debora Tito, procuradora do trabalho, ao contrário de Brasília, em que a maioria dos operários eram emigrantes, em Suape, 58% dos trabalhadores são pernambucanos. “Houve falta de planejamento por parte do governo em relação ao destino dos trabalhadores empregados nas obras públicas e privadas do Complexo de Suape após a conclusão dos projetos. “O governo só se preocupou com a chegada dos investimentos, sem fazer qualquer planejamento social em torno de Suape. Além do desemprego em curso, temos um grave  problema de exploração sexual de menores na região, que acabam deixando a escola para se prostituir”, diz.

Isso não se faz: prender banqueiros

lucro bancos remessa

 

Perigo para a ordem pública no Brasil é denunciar as chacinas da polícia do Governo de São Paulo.

Perigo para a ordem pública é denunciar a jogatina à Carlinhos Cachoeira dos delegados caça níqueis do Governo do Paraná.

Perigo para a ordem pública é soltar o periculoso jornalista Ricardo Antunes.

Banqueiro é uma profissão sem risco no Brasil. A Filândia não prende, não ameaça e não mata jornalistas. Resultado:

Condenados los primeros banqueros por la crisis financiera

Un tribunal de Reikiavik ha condenado a nueve meses de prisión a los dos máximos responsables del banco Glitnir, el primero de las tres mayores entidades financieras que quebró y que tuvo que ser intervenida, y que provocó una profunda crisis en el pequeño estado del Atlántico norte.

Se trata del ex consejero delegado del banco Larus Welding, y de uno de sus más estrechos colaboradores en la entidad, Gudmundur Hjaltason, que fueron acusados de fraude por haber concedido prestamos con un elevado riesgo y que acabaron provocando la quiebra de la entidad. Son los primeros banqueros que son condenados por la crisis financiera.

En septiembre de 2008, los tres mayores bancos islandeses (Glitnir, Landsbanki y Kaupthing) quebraron consecutivamente por su voluminosa deuda, y arrastraron al país a su mayor recesión en seis décadas. Su rescate obligó a que el país pidiera ayuda financiera al FMI, a cambio de un severo plan de ajuste. Larus Welding fue arrestado hace un año por orden del fiscal especial que se encarga de las investigaciones por las causas de la crisis financiera.

El tribunal ha condenado a los dos directivos bancarios por haber aprobado un préstamos de 102 millones de euros sin las suficientes garantías a una sociedad tenedora de acciones de Glitnir, para que ésta a su vez pudiera pagar una deuda con Morgan Stanley. Aquella operación se realizó vulnerando las propias reglas de la entidad, elevó considerablemente los riesgos del banco, y acabó provocando unas pérdidas de 53,7 millones de euros.

Aunque han sido condenados, la pena impuesta a los dos directivos de Glitnir está muy por debajo de lo que el fiscal especial había pedido para ellos: cinco años y medio de prisión para Welding, y cinco años para Hjaltason.

En abril pasado, el ex primer ministro islandés , Geir Haarde, fue declarado inocente por la Justicia de su país tras ser acusado de no haber hecho lo suficiente para impedir la bancarrota del sistema financiero.

En el juicio, Haarde negó responsabilidades en la quiebra bancaria sufrida por Islandia en 2008, alegando que no disponía de información al respecto. La sentencia del Landsdómur (un tribunal especial) exculpó a Haarde de tres de los cuatro cargos de que estaba acusado, aunque lo condenó por haber violado la ley sobre la responsabilidad de los ministros al no convocar reuniones del Consejo de Ministros para analizar la situación.

La Radio del Sur
saúde plano banco hospital medicina

O gado solto na verdinha

Escreveu SilvioBCampello:

“O fato de tentar extorsão também não anula os fatos nos quais ela se baseia. É sempre bom lembrar que num caso de roubo de gado, o ladrão é ladrão e o boi é boi. Perde a credibilidade da denúncia, mas os fatos originadores da denúncia, se existem, não deixam de ter valor para a discussão da Realidade”.

E acrescenta:

“A mim parece que havia mais de um grupo de ladrões tentando roubar o gado, mas os bois continuaram sendo bois, independente do número de ladrões no pasto”.

SilvioBCampello fala da prisão do jornalista Ricardo Antunes. O texto completo aqui.

A polícia PPV apenas pega ladrão de boi peba.

Os ladrões de gado de raça continuarão soltos. E Ricardo preso no mourão da polícia do governador Eduardo Campos.

Número de jornalistas presos em 2011 é o maior em 15 anos, mas nenhum nas Américas, diz pesquisa do CPJ. Agora tem um. A polícia do governador Eduardo Campos prendeu o único que fazia oposição

Pela primeira vez em 15 anos, Cuba não apareceu na pesquisa do Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) sobre jornalistas presos, segundo divulgou a organização nesta quinta-feira, 8 de dezembro. Ainda assim, o censo mostrou que, no geral, o número de jornalistas na cadeia em todo o mundo aumentou 20% e alcançou níveis não vistos desde meados dos anos 90, de acordo com a Associated Press.

Irã, Eritréia e China encabeçam a lista, que mostra 179 profissionais de comunicação detidos em todo o mundo, 34 a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo Voice of America. Só o Irã, país que mais aprisiona jornalistas, apresenta 43 ocorrências.

CNN observou que, pela primeira vez desde 1990, quando o CPJ começou a registrar o número de jornalistas presos, “nenhum jornalista nas Américas foi preso por motivos relacionados à profissão”. Agora tem um: Ricardo Antunes.

Megalomania. Deu a louca no governador Eduardo Campos de Pernamnbuco. Vai construir a maior ponte do mundo para transportar menos de 121 pessoas por dia

Eis a ponte de Eduardo Campos, a maior do mundo

Eis a ponte de Eduardo Campos, a maior do mundo

O governador  anunciou a abertura de licitação para a construção de uma ponte ligando o porto de Suape à ilha de Fernando de Noronha. Um dos objetivos máximos é incentivar o turismo. Participarão as construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e Camargo Correa. As verbas virão do BNDS, governos Federal e Estadual. A ponte ainda estaria interligada ao novo sistema de metrô, que terá estações na nova Arena Pernambuco (que sediará os jogos da copa) e em Suape. Há também a proposta de um consórcio de todos os participantes para vencer a concorrência e subcontratar uma construtora chinesa que cobraria apenas dez por cento do valor orçado e terminaria a construção em duas semanas. Eles já estariam inclusive sendo contratados para fazer outras pontes desse porte no Nordeste. A ponte será a maior do mundo, com 545 Km de comprimento. Veja imagens no video

A aberração é que Recife tem o tráfico mais engarrafado do mundo. E depois quem vai usar esta ponte?

Fernando de Noronha é um arquipélago, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte. Tem apenas 2 mil e 629 habitantes (IBGE, 2010). Sua população tem que ser reduzida. E o número de visitantes também limitado. Densidade: 154,77 hab/km2.

Só é permitido o desembarque de 120 visitantes por dia, até o limite de 420 pessoas. É cobrada uma taxa aos visitantes, que varia em função do tempo de permanência na ilha. Esta taxa começa com o valor de R$ 14,70 / dia, nos primeiros 10 dias, e vai aumentando conforme o número de dias, chegando a até R$ 1440,00 para quem pretenda ficar um mês curtindo as delícias do local.

Eduardo Campos vai construir o maior estádio do universo para a Copa do Mundo.

Vai construir a maior ponte do mundo, a Ponte da Aliança.

E os funcionários públicos com os salários, os pisoteados pisos, congelados.

E os aposentados recebendo uma miséria.

E os pensionistas recebendo uma miséria.

O governador diz que o Estado não tem dinheiro.

É vai ser sempre assim:

Os funcionários da ativa e inativos, em roda, cantam:

Lá na ponte da Aliança
Todo mundo passa } bis

E imitando o trabalho dos burocratas, com a mão num invisível teclado de um imaginário computador:

Os funcionários fazem assim
Os funcionários fazem assim
Tra-lá-lá-lá
Tra-lá-lá-lá

Lá na ponte da Aliança…

E coçando a cabeça:

Os pioientos aposentados, no supermercado, fazem assim
Os pioientos aposentados, no supermercado, fazem assim
Tra-lá-lá-lá
Tra-lá-lá-lá

E imitam os soldados da polícia militar (galopando contra os funcionários grevistas), os soldados (marchando contra os estudantes indignados), as vaidosas pensionistas (botando pó), e vários outros movimentos profissionais e habituais.
Inclusive o de tirar dinheiro dos bolsos vazios que nem a ponte do governador.