De Mauri König


Soneto da plenitude

 

 

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Amei-te por inteiro, repleto, pleno e cheio
Para quem ama, meio amor não basta
Amei-te por completo, no todo, sem receio
Para quem ama, toda esperança é vasta

Todo amor comum é dado a qualquer um
Mas só a um se concebe o esplendor
Se a todos se dá todo amor comum
Só a um se consagra o dom da dor

Não contenta o meio ante a plenitude
Amor requer esforço; pouco não, muito sim
Exige ir além dos limites da finitude

Alto é o custo, negócio de amor é assim
Quem ama carrega consigo a inquietude,
A certeza de que dor de amor é dor sem fim

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