TEU CORAÇÃO FECHADO

por Talis Andrade

Predrag Srbljamin

Predrag Srbljamin


 
Está escrito
Abrirás tua mansão
teu coração fechado
para o anticristo
 
O dragão aparecerá
em uma carruagem de ouro
seguido pelos ricos
os dibbuks
os espíritos impuros
que governam o mundo
 
O dragão aparecerá
em uma carruagem de ouro
O dragão aparecerá
com o poder da fascinação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Palácio da Pena: um castelo de príncipes e princesas

Por D

 

O palácio da Pena é um dos ex-líbris da região de Lisboa. Situado no cimo da serra de Sintra, foi mandado construir pelo Rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo Gotha. Em 1839, as ruínas de um antigo convento e a zona envolvente maravilharam o monarca, que aí mandou construir a sua residência de Verão. Inspirado na arquitectura de outros castelos europeus, e com uma decoração exótica e extremamente detalhista, o Palácio Nacional da Pena é o mais completo exemplar do Romantismo português.

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Em 2007 foi eleito uma das 7 maravilhas de Portugal. No entanto, o Palácio Nacional da Pena há muito encanta quem o visita. Seja pela imponente arquitectura, pela exótica decoração, que mistura vários estilos, ou pelo parque que o rodeia, este edifício constitui uma das mais belas construções da região de Lisboa. A 4,5km do centro histórico de Sintra, foi projectado pelo arquitecto Barão de Eschwege e decorado pelo próprio Rei D. Fernando II.

De convento em ruínas a palácio

Em 1839, o monarca visitou as ruínas de um antigo convento que tinha sido destruído por um raio e pelo (grande) terramoto de 1755. Mandado construir por D. Manuel I, o Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena encantou D. Fernando II, que então o adquiriu e transformou na sua residência de Verão.
Para dirigir a restauração do edifício, contrata o Barão de Eschwege, um arquitecto alemão que trabalhava em Portugal como engenheiro de minas. O projecto do palácio era inspirado noutras construções europeias, nomeadamente nos castelos da Baviera. Mas, ao nível da decoração e dos detalhes, foi o gosto do monarca que o “revestiu”. Deve-se à sua personalidade eclética e romântica a mistura de arcos, torres medievais, traços de inspiração gótica e árabe que o caracterizam.

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Palácio de Pena, Tritão

Palácio de Pena, Tritão

O palácio está dividido em quatro áreas: as muralhas que o cercam, com duas portas; o antigo convento restaurado juntamente com a torre do relógio, no topo da colina; o pátio com a sua parede de arcos; e a zona palaciana, caracterizada pelo seu interior em estilo cathédrale, com mobiliário e decorações típicas da época.
Do antigo convento foram conservados os claustros, a capela e alguns anexos que serviram de base para a reconstrução. A sua adaptação, realizada com uma junção de vários estilos e influências góticas, mouriscas, neo-manuelinas e árabes, resultou num ambiente de um autêntico cenário “das mil e uma noites”, nas palavras de Richard Strauss: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o Egipto e nunca vi nada que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor – e, lá no alto, está o castelo do Santo Graal”.

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