aparas de livros
Como evitar a maior queima de livros do Brasil
“Livros a mão cheia e manda o povo pensar”
Raquel Cozer publicou importante reportagem sobre “Encalhe, destruição: a superprodução de livros no Brasil”.
Informou:“A eliminação de sobras de livros é tema abordado com cautela por empresários, mas a prática de ‘transformar em aparas’, como eles preferem, é bem menos rara do que se possa pensar, em especial neste momento em que o mercado editorial brasileiro produz muito mais do que consegue vender”.
Por que os governantes brasileiros, via centenas de secretarias municipais e estaduais e Ministério da Cultura não evitam essa “queima de livros”.
Se estes livros estão para ser vendidos como se faz com jornais velhos e qualquer papel jogado no lixo, por que nossos governantes não compram no peso para distribuir com o povo?
O povo tem fome de livros. Mas não tem dinheiro. O livro voltou a ser artigo de luxo. Fazia parte dos inventários das grande fortunas até a Idade Moderna.
A distribuição seria fácil. A poetisa Sandra Santos pode ensinar. Veja como funciona o inteligente e criativo projeto Instante Estante .
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“Bendito é aquele que semeia livros,
livros a mão cheia e manda o povo pensar;
o livro caindo na alma, é germe que faz a palma,
é chuva que faz o mar”.
Castro Alves
QUEIMA DE LIVROS
“Encalhe, destruição: a superprodução de livros no Brasil”
Este o título de impressionante reportagem de Raquel Cozer.
“A eliminação de sobras de livros é tema abordado com cautela por empresários, mas a prática de ‘transformar em aparas’, como eles preferem, é bem menos rara do que se possa pensar, em especial neste momento em que o mercado editorial brasileiro produz muito mais do que consegue vender”.
Isso me lembra os produtores agropecuários que, como forma de protesto, derramam leite, ou jogam na rua frutas, verduras, farinha, carne, enquanto o brasileiro morre de fome.
Como aumentar os preços no país do mais alto custo de vida?
Como comer três refeições – o “pão nosso de cada dia” – quando a maioria dos trabalhadores recebe um congelado salário mínimo do mínimo?
Em um Brasil escravocrata, cruel, desumano, injusto, desigual, que paga aposentadorias e pensões humilhantes e degradantes?
Eu acredito, também, na fome de livros.
Qual deveria ser o piso salarial de um professor, de um jornalista, para citar duas profissões que têm o livro como ferramenta de trabalho?
Leia. Leia sempre Raquel Cozer.