O DISCURSO E O DESERTO
por Janice Japiassu
Com o acre mel do deserto
De ouro veste-se o nome
Pronunciado na guerra.
O sol fecunda as espadas
Retesa o arco certeiro
E o sete nasce da pedra
No silêncio alumioso
Da noite mal-assombrada
Mistura o grito viçoso
Eis a palavra afiada
Nos pastos da solidão
Dentro do silêncio limpo
Voz de toda precisão
CANÇÃO À JANICE JAPIASSU
por Terêza Tenório de Albuquerque
Guardiã do tempo rublo,
dize-me qual é a luz
que inunda teu universo
de amplos átrios azuis.
– Ardente o sol de verão
inunda de luz meus paços,
as pastagens, a campina,
estrebarias e gado.
Guardiã de torre sólida
desaliante do templo,
dize-me qual o segredo
que habita teu pensamento.
– O nome que minha boca
murmura em suspiro oculto
do cavaleiro que vejo
lá das ameias o vulto.
Guardiã do canto amargo
hino…
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