A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) já concedeu o título de patrimônio mundial (cultural ou natural) para 17 localidades no Brasil. José Chaves afirma, no entanto, que esses locais não recebem tratamento diferenciado do governo federal. “O Poder Executivo insiste em tratá-los como qualquer outro município brasileiro”, critica. “Não foi para isso que a Unesco conferiu a essas cidades tão importante título.”
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Segundo o projeto, a liberação dos recursos ocorrerá a partir de uma escala de prioridades socioeconômicas de cada uma dessas cidades.
O deputado lembra que a Unesco criou o título de patrimônio mundial para assegurar a gerações futuras a herança histórica, cultural ou natural. Dos patrimônios brasileiros, porém, 2 já estiveram ameaçados e foram colocados em estado de perigo: Brasília (patrimônio cultural) e o Parque do Iguaçu (patrimônio natural). De acordo com o deputado, outros três correm risco se não forem tomadas providências imediatas pelo governo brasileiro: Olinda (PE), Ouro Preto (MG), Centro Histórico de São Luiz (MA) e Centro Histórico de Salvador (BA).
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A credibilidade do Patrimônio provém do acompanhamento periódico de cada sítio, através de relatórios dos países sobre o estado de seus sítios”.
Para a Unesco, devem existir medidas para preservação e, também, esforços para aumentar o conhecimento e, consequentemente, o interesse do público pelo patrimônio cultural e natural.
Esclarece, ainda, a Unesco: “se um país não cumpre as obrigações derivadas da Convenção, da qual é Estado-parte, ele corre o risco de que organizações não governamentais, associações civis e outros grupos alertem o Comitê do Patrimônio Mundial sobre os possíveis perigos para os sítios. Neste caso, se o alerta é justificado e o problema é bastante grave, o sítio também é incluído na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo.
Esta lista tem por objetivo chamar a atenção mundial para os fatores que ameaçam as características dos bens inscritos. Os sítios desta lista merecem uma atenção especial e são objeto de uma ação emergencial dos respectivos países”.